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Cidades

Convênio de R$ 680 mil vai criar 17 Salas Lilás onde não há delegacia da mulher

Projeto prevê a criação de setor específico para atender mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência

Tainá Jara | 10/09/2020 16:13
Salas Lilás funcionam em cinco municípios do Estado (Foto: Divulgação/Governo do Estado)
Salas Lilás funcionam em cinco municípios do Estado (Foto: Divulgação/Governo do Estado)

Sem delegacias especialistas no atendimento à mulher, 17 municípios de Mato Grosso do Sul vão ganhar as chamadas “Salas Lilás”. O investimento na estrutura para criação de espaço diferenciado nas unidades da Polícia Civil para atender crianças, adolescentes e mulheres vítimas de violência doméstica e sexual será de R$ 680 mil.

O recurso foi viabilizado por convênio entre a Sedhast (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho) e a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). Atualmente, apenas 11 municípios do Estado possuem delegacias especializadas e cinco contam com a sala especial. O plano é que as salas passem a funcionar em 26 municípios.

Para enfrentar os crimes contra a mulher, o governo vai expandir a estrutura de enfrentamento no Interior. As Salas Lilás, implantadas nos municípios onde não há delegacias especializadas de atendimento à mulher, funcionarão em mais 21 cidades.

O plano da secretária é viabilizar a estrutura também nas cidades de Mundo Novo, Rio Verde e Bonito, com recursos que seriam destinados para ações de subsecretaria, em 2020, mas não foram utilizados em virtude da pandemia.

Entre os mais violentos – Apesar de apresentar bons índices de combate à violência, o Estado está entre um dos mais violentos para as mulheres no País. Conforme dados apresentados pela Polícia Civil, no início do mês, neste ano, até o momento, foram registrados 22 feminicídios consumados entre janeiro e agosto de 2020, no Estado. No ano passado, foram 30.

O assassinato de mulheres por razão de gênero é um dos poucos índices relacionados a crimes contra a mulher que não reduziram. Em relação a outros crimes, o Estado apresentou redução. Houve queda de 10% nos registro de violência doméstica; 35% das tentativas de feminicídio; 16% nas ameaças e 25% nos estupros.


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