De 11 mortes por covid em MS, 9 são da Capital; uma das vítimas tinha 109 anos
Do total de exames no Estado, 36% deram positivo, sinal que o vírus continua circulando com intensidade em MS
De 11 mortes registradas desde ontem em Mato Grosso do Sul, 9 ocorreram em Campo Grande. O número reforça que a doença segue em situação crítica na Capital. Com 567 casos novos neste início de semana, o Estado atinge 43.065 infectados e 749 mortes.
Nas últimas 24 horas, dos 567 testes positivos, metade veio da Capital (296), que hoje soma 1.866 casos de covid-19 e 296 óbitos.
A média móvel de 7 dias caiu para 13 mortes diariamente em Mato Grosso do Sul. São 336 vitimas fatais neste mês, número que já superou julho. A Capital estabilizou na cada de 6 mortes a cada 24 horas nos últimos 7 dias, com 152 sepultamentos em agosto.
Das vítimas recentes, em Campo Grande, um mulher morreu aos 109 anos, segundo dados da SES. Ela morava no Bairro Monte Carlo. A paciente foi internada no dia 21 de agosto e faleceu ontem. Apesar da idade surpreendente, o agravante no caso dela, foi doença pulmonar.
Outras 5 vítimas também são do sexo feminino na . uma delas, de 84 anos, sem doenças prévias. As demais vítimas tinham entre 59 e 63 anos. Além disso três homens faleceram na Capital, de 58, 68 e 81 anos, o mais velho não tinha doenças prévias relatadas.
No interior, apenas Aparecida do Taboado e Fátima do Sul registraram uma morte pela doença cada. Tratam-se respectivamente de um idoso, de 68 anos, e uma idosa, de 82. Ambos tinham comorbidades.
As estatísticas também mostram que a circulação do vírus segue preocupante. Nos postos de testagem na Capital, cerca de 30% dos exames são positivos, "As vezes chega a 40% de positivos no RT-PCR, exame padrão ouro", diz o secretário de Saúde, Geraldo Rezende.
O ponto positivo é que as prefeituras tem atualizado com maior agilidade os resultados dos testes. Já diminuíram muito os casos sem encerramento. Analises no fim de semana também avançaram. Hoje, são 2.548 casos pendentes de atualização.
Taxa de ocupação de UTI segue abaixo de 80%, um dado também positivo. Em Campo Grande, o índice é de 74%. Em Corumbá, outra macrorregião que avança exponencialmente no Estado, a lotação é de 63%.
"Nos deixa bastante confortáveis. Construímos leitos suficientes para nenhum morador ficar sem acesso a UTI", comentou o secretário.
Sobre o frio do fim de semana, que preocupa por conta das aglomerações em espaços fechados, a expectativa agora é pela taxa de isolamento. "Vamos ver a taxa de isolamento se , porque se cresceu, vai declinar o numero de casos a partir da próxima semana em Mato Grosso Sul", avaliou Geraldo Rezende.