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Cidades

De bicicleta, fiéis encaram rota de 140 km em peregrinação dedicada à santa

Pela 1ª vez, Arquidiocese da Capital organiza peregrinação ciclística de Campo Grande à Bandeirantes

Por Mylena Fraiha e Geniffer Valeriano | 12/10/2024 13:52
Grupo de ciclistas percorre 140 km, de Campo Grande a Jaraguari, em homenagem a Nossa Senhora Aparecida (Foto: Arquivo pessoal)
Grupo de ciclistas percorre 140 km, de Campo Grande a Jaraguari, em homenagem a Nossa Senhora Aparecida (Foto: Arquivo pessoal)

Pela primeira vez, a Arquidiocese de Campo Grande organizou uma peregrinação ciclística de 180 km entre a Capital e Bandeirantes, chamada de "Rota da Fé" de Mato Grosso do Sul. A jornada de três dias, que começou em 9 de outubro, encerrou-se nesta quinta-feira (12), dia dedicado a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.

O ponto de partida foi a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Avenida Tamandaré, em Campo Grande, e o destino final, o Santuário Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em Bandeirantes, a 70 km da Capital. Durante o trajeto, os ciclistas passaram por Rochedinho, Furnas do Dionísio e Jaraguari, onde tiveram momentos de oração e descanso.

O grupo de cinco ciclistas chegou a Bandeirantes no fim da tarde de quarta-feira (11), participaram de uma Santa Missa e receberam o Certificado de Peregrino. Já na manhã desta quinta-feira (12), se uniram aos demais devotos para celebrar a missa em homenagem à padroeira no Santuário. Após a celebração e participação na carreata no centro da cidade, o grupo retornou a Campo Grande de carro, conforme a organização.

Participantes da peregrinação na entrada do destino final, o Santuário Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em Bandeirantes (Foto: Arquivo pessoal)
Participantes da peregrinação na entrada do destino final, o Santuário Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em Bandeirantes (Foto: Arquivo pessoal)

Um dos organizadores da Rota da Fé MS, Mário Serpa, de 52 anos, explicou que a ideia da peregrinação foi inspirada em rotas de fé já existentes no Brasil e em outros países. Após essa primeira edição, ele afirma que a rota permanecerá aberta a todos os fiéis interessados em percorrê-la.

"Estamos ajustando a rota há quase um ano, e esta foi a estreia oficial. A partir de agora, a rota estará disponível para quem quiser fazer a peregrinação, seja de bicicleta, carro, moto, a pé ou até a cavalo", explicou Mário.

Mapa da "Rota da Fé", com trajeto de 140 km, que passa por estradas vicinais e capelas importantes de MS (Foto: Divulgação)
Mapa da "Rota da Fé", com trajeto de 140 km, que passa por estradas vicinais e capelas importantes de MS (Foto: Divulgação)

A peregrinação cobre cerca de 140 km, passando por estradas vicinais, já que não pode utilizar a rodovia. Ao longo do trajeto, os peregrinos contaram com pontos de apoio, oferecendo momentos de descanso e oração. “Os participantes tiveram suporte em cada parada, com pausas para descanso e reza do terço. Sempre em oração”, comentou Serpa.

Agora, com a criação da primeira Rota da Fé de Mato Grosso do Sul, a ideia é consolidá-la como um evento religioso e comunitário que se repetirá nos próximos anos. Segundo Mário Serpa, os futuros peregrinos poderão coletar carimbos ao longo do trajeto, e aqueles que concluírem o percurso poderão retirar o "Passaporte do Peregrino" na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Campo Grande.

Aventura de fé – Entre os fiéis estava Paulo Alberto Anadão, de 39 anos, empresário e morador de Campo Grande, que compartilhou os desafios enfrentados durante a viagem. "Tivemos que seguir por estradas de terra, pois não podíamos usar a rodovia, então percorremos 138 km por esses caminhos. Em cada capela e fazenda que passávamos, rezávamos o terço. Foram cerca de 14 lugares, em média", relatou.

Paulo mostra grupo de ciclistas limpando bicicletas após passar por estrada com lama (Foto: Arquivo pessoal)
Paulo mostra grupo de ciclistas limpando bicicletas após passar por estrada com lama (Foto: Arquivo pessoal)

Embora a viagem tenha sido marcada por momentos desafiadores, como chuva e lama no segundo dia, Paulo destacou a importância espiritual de contar com o apoio de “irmãos na fé”. “Foi surreal e cansativo. No segundo dia, pegamos muita chuva e lama, tivemos que lavar as bicicletas. Os lugares onde paramos nos deram apoio para isso."

Como viajante de primeira viagem, Paulo expressou sua gratidão por participar da Rota da Fé. "Foi uma experiência de fé, algo inexplicável. Minha viagem foi mais de agradecimento, por todas as bênçãos concedidas por Nossa Senhora Aparecida", afirmou ele.

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