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Destruição de cigarros tem queda histórica em MS, mas apreensões são milionárias

Receita Federal destruiu cerca de R$ 8,6 milhões em cigarros contrabandeados só este ano em Mato Grosso do Sul

Por Guilherme Correia | 03/03/2025 11:12
Destruição de cigarros tem queda histórica em MS, mas apreensões são milionárias
Carga de cigarro apreendida e que foi destruída pela Receita Federal. (Foto: Divulgação)

A destruição de cigarros ilegais apreendidos em Mato Grosso do Sul caiu drasticamente em 2025, atingindo menor nível da série histórica. Dados da Receita Federal mostram que o Estado eliminou R$ 8,6 milhões em mercadorias contrabandeadas neste ano, redução expressiva em relação aos R$ 87,7 milhões de 2024 e aos R$ 126,5 milhões de 2023.

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A destruição de cigarros ilegais em Mato Grosso do Sul caiu drasticamente em 2025, atingindo o menor nível da série histórica, com R$ 8,6 milhões em mercadorias eliminadas, comparado a R$ 87,7 milhões em 2024 e R$ 126,5 milhões em 2023. Essa redução acompanha uma tendência nacional de queda no consumo de cigarros ilegais, que atingiu o menor nível em 12 anos, com 32% dos cigarros consumidos no Brasil sendo de origem ilícita em 2024. A mudança é atribuída ao fortalecimento da fiscalização e políticas de incentivo que reduziram a diferença de preço entre cigarros legais e ilegais. No entanto, o aumento de impostos sobre cigarros em 2024 pode reverter essa tendência. Apesar da queda, apreensões milionárias continuam em cidades estratégicas como Mundo Novo e Ponta Porã.

O volume de destruição teve seu pico em 2019, quando a série histórica se iniciou, de R$ 218,6 milhões.

Em 2021, esse valor ainda estava alto, na casa dos R$ 226,1 milhões, mas despencou para R$ 65,7 milhões em 2022. O salto em 2023 indicava um possível recrudescimento do mercado ilegal, mas a tendência de queda voltou a se consolidar.

A redução acompanha uma mudança nacional no cenário do contrabando de cigarros. Pesquisa do IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica) revelou que, em 2024, o consumo de cigarros ilegais no Brasil atingiu o menor nível dos últimos 12 anos.

O levantamento, encomendado pelo FNCP (Fórum Nacional Contra a Pirataria e Ilegaldade), mostrou que 32% dos cigarros consumidos no país eram de origem ilícita, contra os 57% registrados em 2019.

Especialistas atribuem essa queda a um conjunto de fatores. O fortalecimento da fiscalização nas fronteiras e políticas de incentivo, que reduziram a diferença de preço entre os cigarros legais e ilegais, têm tornado o mercado formal mais competitivo.

No entanto, o cenário pode mudar. O decreto 12.127, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em julho de 2024, elevou a alíquota do maço de cigarro de R$ 1,50 para R$ 2,25 e determinou que, a partir de setembro, o preço mínimo de venda subisse de R$ 5 para R$ 6,50.

Apesar da redução nos números gerais, a fiscalização segue ativa. Em outubro de 2024, por exemplo, a Receita Federal apreendeu seis milhões de maços de cigarro paraguaio em Mundo Novo, avaliados em R$ 39 milhões. A carga foi destruída em Foz do Iguaçu (PR) como parte da Operação Fronteira RFB.

Valores milionários - Cidades estratégicas do estado, como Mundo Novo e Ponta Porã, ainda registram apreensões milionárias.

Em 2019, Campo Grande liderava a destruição no Estado, com R$ 71,7 milhões em mercadorias ilegais eliminadas. Esse número caiu progressivamente até chegar a R$ 8,6 milhões em 2025.

A trajetória de queda foi ainda mais acentuada em Ponta Porã, onde o valor passou de R$ 72,6 milhões em 2019 para R$ 23,8 milhões em 2024.

Já Mundo Novo, também na fronteira com o Paraguai, seguiu como um dos principais focos das operações de combate ao comércio ilegal. A cidade registrou um pico de R$ 114,2 milhões em cigarros destruídos em 2021, mas esse número caiu para R$ 37,1 milhões em 2024. Corumbá, em 2024, eliminou R$ 1 milhão em cigarros ilegais.

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