Detran quer rescindir contrato com empresa de radares e lombadas
Em dívida com a Perkons, que desligou equipamentos, órgão diz que despesa está muito alta
O Detran (Departamento Estadual de Trânsito) de Mato Grosso do Sul estuda formas de romper o contrato com a empresa paranaense Perkons, responsável pela manutenção de 144 aparelhos eletrônicos de fiscalização de velocidade em Campo Grande e 18 cidades. Parte deles está desligada há uma semana pela empresa, numa tentativa de receber valor em atraso do departamento.
Em entrevista nesta quarta-feira (21) o diretor-presidente do órgão, Luiz Carlos da Rocha Lima, definiu a despesa como muito alta para o atual cenário “de contenção de despesas”. O atual contrato com a empresa, com valor mensal de R$ 1, 8 milhão, foi aditivado em dezembro do ano passado, com duração até dezembro de 2019.
Rocha Lima não detalhou como seria o rompimento. Como há equipamentos da empresa desligados em sete cidades, como forma de pressionar o pagamento, ele informou que foi feita proposta para parcelamento do valor em débito em quatro vezes e está sendo aguardado o retorno da Perkons. O montante não foi explicitado.
A empresa, via assessoria de imprensa, informou ter recebido ofício nesta manhã. O documento está em análise.
Sobre a rescisão do contrato com a Perkons, o diretor do Detran disse que técnicos do órgão já estão avaliando alternativas mais em conta, mantendo as funções hoje realizadas, como monitorar velocidade e veículos furando sinal vermelho.
Desligados – Pela segunda vez este ano, a Perkons anunciou no dia (15) que desativaria de 144 equipamentos redutores de velocidade instalados em Mato Grosso do Sul por causa de dívida do governo do Estado. No Parque dos Poderes, em Campo Grande, equipamentos já foram desligados.
A empresa informou, por meio de nota, que esperava receber R$ 10,4 milhões de pagamentos em atraso do Detran.
No dia 25 de julho, a Perkons já havia anunciado a desativação dos radares e lombadas eletrônicas porque estava há nove meses sem receber e tinha crédito com o órgão de R$ 16,3 milhões. No dia seguinte, acordo foi fechado e os aparelhos foram reativados.