Eleitores deixam regularização do título para a última hora e lotam TRE/MS
Prazo encerra nesta quarta-feira, às 23h59 do horário de Brasília
O prazo para regularizar o título de eleitor termina hoje (4) em todo o Brasil e, em Campo Grande, muita gente deixou para a última hora. No TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul), no Parque dos Poderes, a fila tomou conta de toda a rampa da frente do prédio e chego a virar a calçada.
“O encerramento do prazo de regularização do título é necessário para que a Justiça Eleitoral também possa se preparar para receber um número X de eleitores. Finalizado esse período, começamos a não só fazer uma preparação interna, mas também os partidos entram na fase de convenções, depois vêm os registros de candidatura e, depois, a campanha eleitoral em agosto”, explica Fernando Chemin Cury, juiz auxiliar da presidência do TRE/MS.
Os eleitores que não regularizarem o título até às 23h59 de hoje, no horário de Brasília, não poderão votar no dia da eleição. Nesse caso, recomenda-se justificar o voto.
O Campo Grande News conversou com eleitores que estavam em busca dos serviços eleitorais na tarde desta quarta-feira no TRE/MS, entre eles, Arinete Dantas, de 39 anos, dona de casa. Ela morava em Coxim, a 253 quilômetros de Campo Grande, onde era seu domicílio eleitoral. De acordo com ela, ela não votou nas últimas 3 ou 4 eleições e, agora, foi em busca de transferir o título para a Capital.
“A fila está andando rápido para o último dia, né? Brasileiro deixa tudo para a última hora”, afirma Arinete. Ela conta que, assim que mudou para Campo Grande, voltava a Coxim somente para votar, mas depois de algum tempo parei de ir. “Esse ano pretendo votar, quero escolher alguém, exercer a democracia, é nosso direito votar. A gente que elege, então vou fazer parte”, garante.
A vendedora Débora de Souza Araújo, de 25 anos, também não vota há algum tempo. Ela explica que tentou regularizar o documento pela internet, mas não deu certo, e foi até o TRE algumas vezes antes de hoje, mas “não me deixaram entrar, disseram que tinha que ser só pela internet”, detalha.
Diante da falta de solução, voltou ao local hoje. Ela precisou pagar multa de R$ 7 por não ter votado nas duas últimas eleições, já que não conseguiu justificar porque era preciso apresentar um comprovante que ela acabou perdendo. Como consequência pelo título irregular, foram bloqueados vários documentos.
“Hoje é minha última esperança, estou com os documentos todos bloqueados, mas esse ano pretendo pretendo votar, sim, é importante exercer o papel de cidadão. Apesar de achar que meu voto não faz tanta diferença, mas no final faz, né?”, avalia.
Ele morava em Corumbá, a 428 quilômetros de Campo Grande, e mudou-se para a Capital há 3 meses. Por isso, foi pessoalmente ao TRE pedir transferência do documento. “Nunca deixei de votar, gosto de fazer minha parte. É nosso direito, então sempre vou”, afirma.
Pela internet - Os três eleitores com os quais conversamos não conseguiram resolver suas demandas pela internet, no portal da Justiça Eleitoral, no autoatendimento ao eleitor, ou pelo aplicativo e-Título. De acordo com o TRE, possivelmente foi a grande quantidade de acessos dos últimos dias que pode ter sobrecarregado o sistema, causando lentidão ou mal-funcionamento dos serviços.