Em 7 anos, 17 onças-pintadas foram mortas em estrada de MS
Instituto divulgou os dados após animal ser encontrado em sede da PRF, na manhã desta quarta (22), em Corumbá
No período de sete anos, entre 2016 e 2023, 17 onças-pintadas foram mortas após serem atropeladas na BR-262, entre os municípios de Miranda e Corumbá, segundo dados divulgados pelo IHP (Instituto Homem Pantaneiro). A espécie, que está na lista vermelha da IUCN (União Nacional para a Conservação da Natureza, sigla em inglês), é classificada como quase ameaçada.
O dado foi divulgado após uma onça ser fotografada em frente à delegacia da PRF (Polícia Rodoviária Federal) em Corumbá, a 428 quilômetros da Capital na manhã desta quarta-feira (22). Depois de passear pelo local, às margens da BR-262, o animal seguiu caminho pela mata, na Baia do Jacadigo.
Diego Viana, coordenador do programa de Felinos Pantaneiros do IHP, esclareceu que embora seja comum o aparecimento do animal, os cuidados precisam ser redobrados.
"Estamos no período de chuvas e aumento do nível de rios do Pantanal, assim, os animais acabam se movimentando e cruzando estradas. Na situação de hoje, o animal veio no sentido Bolívia/Corumbá, saindo do lado direito e indo para o lado esquerdo. Do lado direito tem uma cerca de arame, pode ser que essa onça-pintada veio margeando a cerca de alguma área e acabou entrando na mata ali perto da PRF, algo normal".
No final de janeiro, uma onça-pintada foi atropelada na BR-262, na altura do km 626, próximo à Fazenda BrPec, entre Miranda e Corumbá. O animal foi encontrado por volta das 8h, pela PMA (Polícia Militar Ambiental), que trouxe o felino para ser taxidermizado em Campo Grande.
Ao Campo Grande News, Viana pontuou que o número de atropelamentos aumentou na região. "Ano passado, uma outra onça-pintada foi encontrada ali perto e acabou atropelada, infelizmente. É uma área que as pessoas devem redobrar a atenção".
A orientação após encontrar o animal é sair do caminho da onça, para que ela siga sozinha até a mata, além de dirigir com cuidado pelas rodovias da região, para que não haja atropelamento.