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Cidades

Empresário foi preso ao tentar esconder notebook no telhado durante buscas

Genilton da Silva Moreira é dono de empreiteira com R$ 2 milhões em contratos com a Prefeitura de Terenos

Por Anahi Zurutuza | 13/08/2024 14:08
Genilton da Silva Moreira chegando na Delegacia de Terenos após prisão (Foto: Henrique Kawaminami)
Genilton da Silva Moreira chegando na Delegacia de Terenos após prisão (Foto: Henrique Kawaminami)

Dono de empreiteira contratada pela Prefeitura de Terenos, a Base Construtora e Logística, Genilton da Silva Moreira foi preso pela Operação Velatus, na manhã desta terça-feira (13), por tentar atrapalhar o andamento da investigação. Durante buscas determinadas pela Justiça, ele tentou esconder um notebook no telhado de casa, mas foi pego.

A empresa de Genilton tem um total de R$ 2.185.126,46, pelo que consta no Portal da Transparência, em contratos com a administração da cidade a 31 km de Campo Grande, onde vivem 17,6 mil pessoas. O maior contrato – de R$ 1.106.692,61 – foi firmado em outubro do ano passado para a substituição de três pontes de madeira por galerias de concreto.

Com CNPJ ativo desde novembro de 2019, a Base Construtora tem como atividade principal a manutenção da distribuição de energia elétrica, mas se cadastra como capacitada para outras 21 atividades, de serviços de encadernação e plastificação ao comércio no atacado de roupas, passando pela construção de edifícios, rodovias e ferrovias.

Pela atitude que tomou durante o cumprimento da ordem de busca e apreensão, ele deve responder por obstrução da justiça.

O advogado Pedro Paulo Sperbe, que representa Genilton, informou que a defesa só irá se manifestar quando tiver acesso aos autos da investigação e souber do que4 se trata. “Ele prestará todos os esclarecimentos necessários”.

Além do empresário, o empreiteiro Hander Luiz Corrêa Groti Chaves, de 42 anos, também foi preso em flagrante nesta manhã. Na casa dele, no Bairro Bodoquena, foi localizado pistola automática calibre 22, com oito munições, em nome de outra pessoa. O delegado arbitrou fiança de 7 salários mínimos (R$ 9.884) para liberá-lo.

Já o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Isaac Cardoso Bisneto, também está preso, alvo de mandado de prisão preventiva (por tempo indeterminado).

No total, foram cumpridos 16 mandados em Terenos, Campo Grande e em Santa Fé do Sul, no Estado de São Paulo.

Conforme a investigação, o grupo criminoso, que contava com a participação de servidores públicos municipais, se utilizava de pessoas jurídicas e CNPJs sem qualquer tipo de experiência, para desviar dinheiro público reservado para execução dos contratos celebrados.

A ação foi deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), contra fraudes em licitações na Prefeitura de Terenos.

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