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Cidades

Equipes de hospitais universitários entram em greve no dia 2 de maio

Categoria reivindica reajuste de 14,07% e melhores condições de trabalho

Por Fernanda Palheta | 29/04/2024 11:41
Entrada do Hospital Universitário, em Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo) 
Entrada do Hospital Universitário, em Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)

Após três meses de negociação, os trabalhadores dos Hospitais Universitários de Mato Grosso do Sul rejeitaram o reajuste de 2,14% proposto pela Ebserh (Empregados da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) e entrarão em greve no Humap-UFMS (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) e HU-UFGD (Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados), a partir da próxima quinta-feira, dia 2 de maio.

A deflagração da greve foi decidida em assembleia do Sindserh-MS (Sindicato dos Trabalhadores de Empresas Públicas de Serviços Hospitalares no Mato Grosso do Sul) na última sexta-feira (26) e comunicada à presidência da Ebserh e filiais sul-mato-grossenses neste segunda-feira (29).

A categoria reivindica reajuste 14,07% no salário e benefícios e melhores condições de trabalho. Segundo o presidente do Sindserh-MS, Wesley Cassio Goully, as negociações tiveram início em fevereiro, mas não evoluíram.

"Pedimos a inflação mais um ganho real de 6%, o reajuste de 2,14% oferecido pela empresa para a gente é impossível", afirma Wesley. "Na prática, por exemplo, o valor representa R$ 14,00 no auxílio-alimentação. Nossa reivindicação é chegar a um benefício de pelo menos mil reais", detalha. Atualmente, os trabalhadores recebem auxílio-alimentação no valor de R$ 655,00.

Outra reivindicação da categoria é a disponibilidade de EPI (Equipamento de Proteção Individual) e insumos básico. O presidente do sindicato relata a falta de materiais. "No mês passado houve uma falta recorrente de aventais descartáveis, que são equipamentos de proteção, além de insumos como seringa, lençol, tipos de soro fisiológico, gaze e ataduras para fazer curativos e alguns medicamentos", aponta.

A partir do dia 2 de maio, os trabalhadores entrarão em greve, com paralisação parcial, seguindo a regulamentação para serviços essenciais.

Greve nas federais - Os servidores administrativos e professores do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) completam um mês greve nesta sexta-feira. Segundo comunicado do comando de greve do IFMS, publicado na sexta-feira (26), a greve continua parcial tanto em Campo Grande como nos campi do interior.

Em Campo Grande, nesta semana, estarão totalmente suspensas as aulas dos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio, Engenharia Elétrica, Tecnologia em Sistemas para Internet, especializações, cursos de idiomas vinculados ao Cenid (Centro de Idiomas), do 3º semestre do técnico subsequente em Manutenção e Suporte, e do 1º semestre do técnico subsequente em Logística.

Na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), os administrativos estão de greve desde o dia 3 de abril e os professores deflagram greve a partir do dia 1° de maio, próxima quarta-feira. A decisão foi tomada em assembleia geral, na terça-feira (23), com 150 votos favoráveis contra 52 contrários, além de duas abstenções.

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