Erro em identificação de lotes de substância tóxica resultou em morte de cães
Caso ganhou repercussão no fim de agosto passado
Lotes de monoetilenoglicol, substância tóxica e proibida na alimentação animal, foram confundidos com lotes de propilenoglicol, usado na fabricação dos petiscos para cães. A confusão foi o motivo da contaminação dos alimentícios caninos da marca Bassar, suspeita de ocasionar a morte de mais de 100 cachorros em todo o Brasil, incluindo Mato Grosso do Sul, no fim de agosto.
De acordo com nota emitida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária neste sábado (19), “a incorreção desta identificação levou ao uso de produto extremamente tóxico na fabricação de petiscos, em quantidades muito acima das doses que são consideradas fatais”.
A linha de investigação apontava que teria ocorrido contaminação entre os lotes das substâncias. A pasta não informou o responsável pela identificação errônea. Ao todo foram 120 fiscalizações em comércios, fabricantes e distribuidores.
Em Mato Grosso do Sul pelo menos um cão morreu após ter ingerido petisco da marca Bassar Pet Food. A contaminação foi confirmada por meio de laudo emitido pelo IALF (Instituto de Análises Laboratoriais Forenses), da Coordenadoria-Geral de Perícias, no dia 17 do mês passado.
O documento mostrou a presença de etilenoglicol, um diálcool largamente utilizado como anticongelante automotivo, que causa insuficiência renal e hepática, podendo inclusive levar à morte, quando consumido.
A cachorrinha em questão se chamava Chloe e morreu no dia 5 de setembro, após passar dias internada. Ela ingeriu o petisco dia 29 de julho, depois disso ficou “mole”, segundo o boletim de ocorrência. No dia seguinte, o animal vomitou algumas vezes e em seguida sua tutora a levou para o veterinário, onde morreu.