Família cresce e filhotes da bombeira Laika são entregues até para o RJ
Ninhada da "bombeira de elite" continuará missão de mãe nas operações de busca pelo País
Filhotes da "bombeira de elite" Laika começaram a ser entregues, nesta semana, para continuar missão de busca por pessoas desaparecidas. Os seis cachorros passarão a residir em Campo Grande e até no Rio de Janeiro. A ninhada é a primeira do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul em que foi escolhido desde o pai, até a preparação para a vida adulta.
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Os seis filhotes da cadela "Laika", uma "bombeira de elite" do Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul, começaram a ser entregues para seus novos tutores nesta semana. A ninhada, resultado do cruzamento de Laika com um cão policial do Batalhão de Choque da Polícia Militar, foi cuidadosamente selecionada e treinada desde o nascimento para se tornar cães de busca e resgate. Quatro dos filhotes ficarão em Campo Grande, enquanto um deles foi para o Rio de Janeiro para servir ao Corpo de Bombeiros local. Os filhotes já estão em treinamento e, sob a tutela de seus condutores, aprenderão as técnicas de busca e resgate para seguir os passos de sua mãe, que continuará servindo à corporação por mais cinco anos e será a mentora da nova geração de cães de busca.
Conforme a corporação, a ninhada de quatro fêmeas e dois machos nasceram em agosto e são filhos da Laika com um cão policial que faz parte do Batalhão de Choque da Polícia Militar, ambos da raça pastor holandês. Os animais estão sendo estimulados pela equipe do canil desde o primeiro dia de vida, com pesagem diária, anotações sobre o comportamento dos cães e estímulo neurossensorial.
Quatro dos filhotes já receberam o seu tutor, Ákila ficará com o soldado Humberto Nunes, Kiara ficará com o soldado Matheus Francisco e Cristal continuará com o Sargento Thiago Kalunga, que treinará ela para substituir a Laika no futuro.
Com destino ao Rio de Janeiro, o filhote "Zero Dois" foi entregue para o cabo Jean Gonçalves dos Santos, em cerimônia realizada com o comandante geral do CBMMS, Frederico Reis. "Um dia a Laika foi doada pela Polícia Militar de Santa Catarina e hoje, a Laika produziu filhotes para o Brasil", afirmou o comandante.
Em entrevista ao Campo Grande News, o soldado Humberto Nunes Rodrigues Neto, de 29 anos, que já acompanhava a Laika em operações de busca e resgate, contou que se sente grato pela oportunidade. "Estou com bastante expectativa em desenvolver um bom papel de condutor e preparação para as futuras operações da Ákila", disse ele. Os filhotes, que hoje tem 68 dias, já estão em treinamento.
Segundo Humberto, nos primeiros meses é feito um trabalho de vínculo com o filhote, onde o condutor começa a trocar aproximações e comportamentos para criar uma relação profunda com o filhote. Esse vínculo criado entre o binômio resulta em uma boa resposta na atividade de busca, conforme explica o soldado.
Tudo planejado - Ao voltar das buscas no desastre ambiental do Rio Grande do Sul, já estavam nos planos de Laika cruzar com um cão da mesma raça e produzir os filhotes. Hoje, a cadela está com cinco anos e sua carreira no Corpo de Bombeiros deve seguir por mais outros cinco.
Kalunga conta que o "cão que nunca erra" já está pronto para voltar para as operações de busca. "Ja iniciamos os treinamentos com ela. Não vai aposentar ainda. Ela tem um tempo pela frente e será a professora dos novos cães. Se ela é uma boa cadela de busca, pretendemos fazer com que os filhotes sejam ainda melhores do que ela”, disse o sargento.
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