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Cidades

“Fantasma da Fronteira” é transferido para a Capital e contrata defesa do Amapá

Preso em Ponta Porã, Caio Bernasconi Braga precisou ser transferido para Campo Grande e passou por audiência

Anahi Zurutuza e Helio de Freitas | 03/05/2023 20:15
Caio Bernasconi Braga, conhecido como "Fantasma da Fronteira", segundo a PF. (Foto: Direto das Ruas)
Caio Bernasconi Braga, conhecido como "Fantasma da Fronteira", segundo a PF. (Foto: Direto das Ruas)

Preso pela Polícia Federal, em Ponta Porã, nesta terça-feira (2), Caio Bernasconi Braga, conhecido como “Alemão” ou “Fantasma da Fronteira”, foi transferido para Campo Grande sob forte aparato de segurança e passou por audiência de custódia na tarde desta quarta-feira (4). Embora responda a processos em São Paulo e no Pernambuco, ele contratou advogada do Amapá para representá-lo.

Segundo a PF (Polícia Federal), o traficante, conhecido como "Fantasma da Fronteira", estava sendo procurado há oito anos, quando teve a prisão preventiva decretada pela Justiça de Bauru (SP). Em agosto de 2020, ele foi alvo de outro mandado de prisão, decretado pela 4ª Vara Federal de Recife (PE), no âmbito da Operação Além-Mar, deflagrada pela Polícia Federal em Mato Grosso do Sul e em outros 11 estados e no Distrito Federal.

Conforme as investigações, Bernasconi lidera esquema de envio de drogas que saíam da fronteira com Mato Grosso do Sul e ficavam armazenadas no interior paulista antes de ser despachada para portos do Nordeste, para então chegar na Europa.

Na audiência desta tarde, a advogada Josimary Rocha de Vilhena – com registro e endereço profissionais no Amapá, mas que atende em número de São Paulo – representou o acusado de tráfico. A participação dela foi por videoconferência e antes de ser ouvido pelo juiz Vitor Figueiredo de Oliveira, da 2ª Vara Federal de Ponta Porã, Bernasconi pôde ter conversa privada com a defensora por meio de sala virtual.

Para a reportagem, Josimary afirmou que se manifestará em nome do cliente somente nos autos dos processos. “Fantasma da Fronteira” não relatou qualquer irregularidade durante a sua prisão, conforme a ata da audiência.

Equipes da Força Nacional e até veículos de guerra do Exército brasileiro foram mobilizados para reforçar a segurança no entorno da Delegacia da Polícia Federal em Ponta Porã após a prisão do acusado de tráfico internacional ontem. A intenção era evitar uma tentativa de resgate do homem.

O juiz registrou a necessidade do forte aparatado de segurança. “Conforme amplamente divulgado na mídia (inclusive nacional), houve o deslocamento de Caio para a Capital do Estado, em razão da sensibilidade dos fatos a ele imputados, tendo havido a intervenção até do Comando do Exército local para garantir seu cárcere”.

Vitor Figueiredo decidiu, então, pela homologação da prisão. “O mandado de prisão cumprido é formalmente regular, cadastrado no BNMP (Banco Nacional de Mandados de Prisão), em observância a todos os requisitos previstos nos arts. 285 e seguintes do Código de Processo Penal, com validade ainda vigente. Em depoimento colhido na presente audiência, o custodiado não relatou qualquer violação a seus direitos. Assim, homologo a prisão realizada”.

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