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Cidades

Farmacêutica pede registro para nova vacina da dengue

Hoje, existe um medicamento do tipo em aplicação apenas na rede privada

Marta Ferreira | 12/05/2021 18:22


Labotatório da Takeda, multinacional farmacêutica de origem japonesa. (Foto: Divulgação)
Labotatório da Takeda, multinacional farmacêutica de origem japonesa. (Foto: Divulgação)

A Takeda Pharmaceutical Company Limited, multinacional com sede no Japão, anunciou o pedido à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) o registro de vacina tetravalente contra a dengue, batizada de TAK-003. Seria o segundo imunizante no Brasil contra os efeitos dos quatro tipos de vírus causadores da doença.

No mercado privado, existe hoje a Dengvaxia, do laboratório Sanofi Pauster, que custa em torno de R$ 300,00 por dose e só tem eficácia comprovada em quem tem entre 9 e 45 anos e já teve a doença.

O Instituto Butantan também tem estudo para produzir vacina, inclusive com teste em Campo Grande, mas ainda não foi concluído.

A proposta da Takeda é de um produto capaz de imunização independentemente de a pessoa ter tido contato com o patógeno.

Também é prometida faixa etária maior, de 4 a 60 anos.

A vacina está em análise também pela Agência Europeia de Medicamentos. Segundo a empresa, será solicitado registro regulatório em 2021 em outros países com dengue endêmica na América Latina e na Ásia, bem como nos Estados Unidos.

Informações prestadas - Segundo o Estadão Conteúdo, as submissões regulatórias feitas pela Takeda para a vacina da dengue incluem dados de eficácia e de segurança de longo prazo (36 meses) do ensaio principal do Estudo de Eficácia da Imunização Tetravalente contra a Dengue (TIDES) de fase 3, bem como dados de outros ensaios clínicos realizados em adultos e crianças.

O ensaio TIDES incluiu mais de 20 mil participantes com idades entre quatro e 16 anos, que vivem em oito países endêmicos para dengue na Ásia e na América Latina, incluindo o Brasil. Todos os quatro sorotipos do vírus da dengue foram observados no estudo ao longo de 36 meses. A Takeda pretende apresentar e publicar os resultados da análise exploratória de 36 meses do TIDES em um congresso e em uma revista científica, respectivamente, ainda este ano.

"Este é um marco importante para o Brasil, que segue sendo afetado pela ameaça da dengue", esclarece Abner Lobão, Diretor Executivo de Medical Affairs da Takeda no Brasil. O país reportou cerca de 1,5 milhão de casos de dengue em 20201. Os números são considerados "acima do esperado" nas Américas, segundo a avaliação da Organização Pan-Americana de Saúde citada pelo Estadão Conteúdo.

Em Mato Grosso do Sul, o boletim mais recente mostra que a doença matou 8 pessoas neste ano. O Estado ocupando o segundo lugar no ranking nacional de incidência da enfermidade, com 4.216 confirmados.


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