Governo investe R$ 10 milhões em pesquisas para atender 17 metas da ONU até 2030
Mato Grosso do Sul é o primeiro estado a investir em trabalhos para atender a demanda global
O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), assinou na tarde desta segunda-feira (12), a liberação de R$ 10 milhões para realização de 68 pesquisas cientificas e inovação em diversas áreas, para atender a ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU (Organização das Nações Unidas).
A ONU impôs 17 objetivos ambiciosos que abordam os principais desafios de desenvolvimento enfrentados por pessoas no Brasil e no mundo. As metas são um apelo global para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir segurança social e alimentar a todas as pessoas. Mato Grosso do Sul é o primeiro estado brasileiro a investir em pesquisas para atender a demanda. A meta é de que até 2030 sejam atendidos todos os requisitos.
“Esse edital é mais um dos disponíveis que buscam sustentabilidade e crescimento com melhor qualidade de vida, para atingir as metas até 2030. Atualmente Mato Grosso do Sul é um dos únicos que investem de forma maciça em apoio à pesquisa, tecnologia, inovação e ciência. Nenhum estado está aportando tantos recursos nesse eixo como o nosso. Isso não é só ser pioneiro, é se preocupar com essas ações de desenvolvimento não só do Mato Grosso do Sul, mas só Brasil e do mundo todo”, afirmou o governador Azambuja.
Os R$ 10 milhões para financiar pesquisas são oriundos do tesouro estadual. Os 17 objetivos da ONU estão incluídas nos 68 trabalhos que receberão incentivos financeiros. As metas são: erradicação da pobreza, fome zero e agricultura sustentável, saúde e bem-estar, educação de qualidade, igualdade de gênero, água potável e saneamento, energia limpa e sustentável, trabalho decente e crescimento econômico, indústria inovação e infraestrutura, redução das desigualdades, cidades e comunidades sustentáveis, consumo e produções sustentáveis, ação contra a mudança global do clima, vida na água, vida terrestre, paz justiça e instituições eficazes e parcerias e meios de implementação.
De acordo com Ricardo Sena, titular da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), os trabalhos desenvolvidos no estado servirão para balizar as tomadas de decisões futuras em prol do desenvolvimento de Mato Grosso do Sul.
“O importante nesse momento é trazer o alinhamento com a agenda da ONU que é uma agenda global com ações que já vínhamos fazendo, como a proteção do meio ambiente, políticas de proteção aos mais vulneráveis, de proteção aos recursos hídricos. Então é importante fazer agora esse alinhamento com a agenda global, chamando a comunidade científica para fazer parte desse processo, de pensar um pouco mais politicamente do desenvolvimento sustentável”, frisou o secretário.
Os pesquisadores que terão projetos financiados estão vinculados às instituições: UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados ), UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul ), Embrapa Gado de Corte e Embrapa Agropecuária Oeste.
“O principal é que casa pesquisa seja inserida nas ODS, nesse sentido foram selecionados as pesquisas que atenda essa necessidade e também que estejam atreladas a estratégia do estado e nas possibilidades da Fundect. Todos os 17 objetivos da ONU estão contemplados nos 68 projetos selecionados, a maior incidência na área da saúde e também de agricultura e combate a fome, mas todos foram contemplados com investimentos para pesquisa”, assegurou o diretor-presidente da Fundect, Márcio de Araújo, que intermediou o edital.
Os projetos foram submetidos em 3 faixas de financiamento: Faixa A: de R$ 50.000,00 a R$ 100.000,00; Faixa B de R$ 100.001,00 a R$ 200.000,00 e Faixa C: de R$ 200.001,00 a R$ 500.000,00. Os selecionados desenvolverão trabalhos nas mais diversas áreas de conhecimento, dentre elas: Bioquímica, Administração, Ciências Políticas, Agronomia Ciência e Tecnologia dos Alimentos, Engenharia, Ecologia, Comunicação, Turismo, Farmacologia, Botânica e Medicina.