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Cidades

Hackers da Capital viram réus por tentarem dar golpe de R$ 874,4 mil na Justiça

Um dos acusados, Selmo Machado da Silva, está foragido e o outro, Guilherme, está preso em Campo Grande

Lucia Morel | 05/07/2021 17:10
Selmo, que está foragido, à esquerda e Guilherme, detido no Centro de Triagem, à direita. (Foto: Reprodução das peças processuais)
Selmo, que está foragido, à esquerda e Guilherme, detido no Centro de Triagem, à direita. (Foto: Reprodução das peças processuais)

Hackers envolvidos da invasão do sistema de informática da Justiça Federal de São Paulo, Selmo Machado da Silva, de 46 anos e Diego Guilherme Rodrigues, de 38, moradores de Campo Grande, foram denunciados à 7ª Vara Federal Criminal de São Paulo/SP por crimes cibernéticos.

Guilherme está preso no Centro de Triagem, aqui na Capital, desde 19 de maio deste ano, quando a Operação Escalada Cibernética foi deflagrada pela Polícia Federal. Ele estava em sua casa, no Jardim Tarumã, quando foi detido. Já Selmo, que morava no Aero Rancho, conseguiu fugir momentos antes da polícia chegar em sua casa e levou um gabinete de computador. Ele continua foragido.

Pela denúncia do MPF (Ministério Público Federal) acatada pela 7ª Vara, Selmo agiu juntamente com Guilherme para fraudar documentos públicos do judiciário federal paulista com fim de obterem vantagens pessoais. Em duas ações, eles mudaram decisões judiciais na tentativa de que pagamento indenizatório de terceiros fosse feito na conta bancária de Guilherme.

Em um delas, o valor era de R$ 225.914,26 em outra, R$ 648.575,43, totalizando R$ 874.489,69 que não foram repassados à dupla porque servidores das Varas Federais alvo dos golpes identificou a alteração documental a tempo.

Além dessas, em mais seis ações que também tramitavam em Varas Federais paulistas, Selmo agiu para alteras decisões de condenação para absolvição. Os crimes também eram relacionados à segurança de informações no ambiente cribernético.

Dessa forma, Guilherme e Selmo foram denunciados por invasão de dispositivo informático e falsificação de documento público. No entanto, o primeiro réu responderá por esses crimes em apenas dois dos oito casos e o segundo, em todos.

O entendimento da Justiça, nesse caso, é de que Guilherme agiu em conluio com Selmo apenas no caso de emprestar sua conta bancária para recebimento de possíveis valores.

Audiência do caso está marcada para os dias 9 e 10 de setembro, quando será emitida sentença. O sigilo foi retirado dos autos pelo juiz da 7ª Vara Federal Criminal de SP, Ali Mazloum.

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