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Cidades

Liberada Pfizer na 2ª dose de Astrazeneca e Coronavac

Medida foi oficializada nesta terça-feira, por conta da falta de doses fabricadas pela Fiocruz

Guilherme Correia | 14/09/2021 08:33
Profissional de saúde prepara aplicação de vacina contra a covid em MS. (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Profissional de saúde prepara aplicação de vacina contra a covid em MS. (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

O governo de Mato Grosso do Sul anunciou nesta terça-feira (14), que vai vacinar com doses da Pfizer, quem já tomou a primeira dose de Astrazeneca e está com o segundo imunizante atrasado.

Segundo a resolução, cerca de 49 mil doses da Pfizer serão reservadas para reforço de quem recebeu Astrazeneca há, no mínimo, oito meses. O intervalo para esse imunizante começou de dois a três meses, mas já há determinação para antecipar para 21 dias a aplicação.

Além disso, outras 6,6 mil da Pfizer serão aplicadas como segunda dose de pessoas que receberam a primeira de Coronavac, com prazo de 14 a 28 dias.

Por fim, foi decidido também que o intervalo de aplicação da terceira dose baixará novamente - agora, para quatro meses, em idosos acima de 70 anos.

Atraso - Essa medida foi tomada pensando nas pessoas que podem ficar com o reforço atrasado, já que a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) teve imprevistos na fabricação desses imunizantes. Atualmente, essa patente está em falta em São Paulo e outros estados brasileiros.

Vale lembrar que o Brasil recebeu no último final de semana, 5,1 milhões de vacinas da Pfizer. Esse foi o maior quantitativo vindo em um só dia, em todo o ano de 2021. No entanto, o envio de Astrazeneca deve ser normalizado a partir das próximas semanas, segundo a instituição.

Segurança - Várias pesquisas têm indicado essa troca de vacinas. Estudo feito na Dinamarca mostrou que quem tomou Astrazeneca e depois Pfizer, reduziu em 88% as chances de ser infectado pelo coronavírus.

Outro trabalho científico, o ensaio clínico CombivacS, conduzido pelo Instituto de Saúde Carlos III, da Espanha, também avaliou que quem tomou essas duas vacinas teria “resposta imune robusta com efeitos colaterais toleráveis”. Ou seja, assim como outros imunizantes já utilizados, essa intercambialidade estaria dentro dos padrões.

No Brasil, essa mistura de vacinas já tem sido feita em grávidas, que tomaram Astrazeneca, antes da recomendação negativa para essas mulheres, feita pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Em agosto, o Rio de Janeiro autorizou as cidades que não tinham tal vacina em estoque para a segunda dose, utilizar vacinas da Pfizer para reforço.

Segundo o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, são doses com poder de eficácia bom, quando aplicadas em conjunto. “Poderemos adotar o critério de fazer a intercambialidade para completar. Todos os infectologistas adotam e indicam que isso seja correto”, destaca.

Imunidade coletiva - O titular da SES (Secretaria Estadual de Saúde) reforça que a população deve considerar os benefícios da vacinação, para garantir a imunidade dos sul-mato-grossenses contra a covid-19.

Medidas básicas de redução de danos, tais como uso de máscaras adequadas, sobretudo em ambientes fechados, isolamento social, quando possível, e higiene das mãos, seguem indicadas a todas as pessoas.

O Estado tem cerca de 75% de sua população total vacinada com pelo menos uma dose, enquanto 49% estão imunizados. A covid tem feito, em média, quase seis vítimas por dia, na última semana, além de infectar pouco mais de 100 pessoas a cada 24 horas.

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