Mais Social faz parceria com Funtrab e oferecerá cursos para beneficiários

A Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos) lançou nesta quinta-feira uma parceria com a Funtrab (Funração do Trabalho de Mato Grosso do Sul) para quem é beneficiário do programa Mais Social. A ação faz parte do processo (que vai até 31 de dezembro) de recadastramento das 50 mil pessoas que recebem recursos do programa.

O objetivo é dar oportunidade de qualificação profissional com cursos profissionalizantes da Funtrab nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul. Além disso, acesso ao ensino por meio do EJA (Ensino de Jovens e Adultos).

Quem precisa se recadastrar será informado do dia e horário que deverá comparecer aos postos do Mais Social. Os documentos necessários para recadastrar são o cartão do programa, documento de identificação, comprovante de residência e comprovante de renda familiar. Para mais informações, é possível entrar em contato no número (67) 3368-9000.

Os cursos profissionalizantes da Funtrab para os beneficiários serão abertos com turmas de 20 alunos. O período de início depende de cada título. A carga horária também varia, entre 20 e 60 horas. Nas cidades onde não tiver a fundação, os beneficiários terão oportunidades em cursos privados que têm parceria com o Governo do Estado.

O anúncio da parceria foi nesta quinta-feira (8) na sede do Mais Social em Campo Grande, localizado na Rua Barão de Ladário, nº 85 - bairro Vila Sobrinho. A secretária da Sead, Patrícia Cozzolino destacou a parceria com a Funtrab. "Essa ideia é para que haja mobilidade social através dos programas de assistência social e direitos humanos. Houve uma alteração legislativa no final do ano passado para que o candidato a uma vaga de emprego ainda receba o valor por mais seis meses".

A diretora-presidente da Funtrab, Mariana Dobashi, explicou que o Estado oferece cerca de 800 cursos nos 79 municípios. Esses também estarão disponíveis aos beneficiários do Mais Social. Além disso, ela enalteceu outro objetivo. "Nós queremos dentro do Mais Social, uma oportunidade gigante de qualificação profissional. A gente olha para as mulheres que estão aqui em grande maioria, são elas que estão aqui. A gente olha para os filhos delas e queremos dar emprego a esses jovens também".

Ariane Rodrigues, de 31 anos, é mãe de uma menina de 5 anos. Ela avaliou como positivo o novo objetivo do programa. Atualmente, ela não tem lugar ou escola de educação infantil para deixar a filha. Para complementar a renda, a mulher de 31 anos faz serviços como manicure.

"É uma oportunidade de se qualificar e ter uma oportunidade melhor. Acredito que ajudará a todos. Eu acho muito bom o programa. Sou beneficiária a cerca de um ano e tem me ajudado nesse tempo".

Carolina Ocampos, de 28 anos, é beneficiária do programa há cerca de três anos. Ela tem dois filhos e sofre com o mesmo problema que Ariane. "Não consigo trabalhar, porque como creche é difícil, não tenho com quem deixar a minha criança de dois anos. Os cursos são sempre bons. Sempre bom fazer um curso novo. Seria bom se tivesse como direcionar para um emprego. É algo que penso procurar futuramente".

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