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Cidades

Mato Grosso do Sul é o estado que mais elucida homicídios no Brasil

Estado apresenta 94,9% de elucidação e resolução dos seus inquéritos

Por José da Cruz | 05/12/2023 10:38
Perito em local de crime, na primeira fase de investigação dos casos. (Foto: Assessoria)
Perito em local de crime, na primeira fase de investigação dos casos. (Foto: Assessoria)

Mato Grosso do Sul é o estado que mais elucida homicídios no Brasil. Na avaliação do governo, o trabalho é resultado de um conjunto de ações que inclui serviço de inteligência, qualidade na preservação do local do crime, coleta de dados e informações com celeridade e até contato com outros centros de segurança para identificar membros de facções de outros estados, para combater o crime organizado.

A posição destaque de MS no cenário nacional consta no Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, que faz o levantamento sobre os crimes ocorridos em 2022. O Estado apresenta 94,9% de elucidação e resolução dos seus inquéritos, sendo o líder no quesito em todo Brasil.

Os dados colocam o Estado em patamar bem acima da média nacional, que tem Rio de Janeiro, com 11,8%, Bahia (17,2%), Alagoas (28%), Tocantins (32,1%), Paraíba (41,6%), Ceará (45%) e Santa Catarina (48%), entre os piores índices (elucidação de homicídios).

“Esta posição de destaque ocorre por um conjunto de ações, que vai desde a capacitação dos nossos policiais militares e bombeiros na preservação eficiente do local do crime, para em seguida receber o exame pericial dos nossos peritos com qualidade. Neste mesmo instante, policiais do GOI (Grupo de Operações e Investigações) na Capital e SIG (Serviço de Inteligências Gerais) no interior já vão colhendo informações no local, no calor dos fatos”, explica o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira.

O secretário ressalta que nas investigações são usadas ferramentas tecnológicas, serviço de inteligência e ação em conjunto entre as polícias. “O trabalho é célere para prender os autores em flagrante, a PM já espalha alerta para as unidades através do OCOP e no interior por meio dos táticos, para coleta de informações sobre o autor do crime, veículo usado, imagens de câmeras da região, para instaurar o inquérito o mais rápido possível”.

Outro foco é utilizar os centros integrados de inteligência e em determinados casos entrar em contato com centros de outros estados, para identificar criminosos que possam ser de facções e estão atuando no Estado. “Temos uma ação muito forte em cima do tribunal do crime. Este conjunto de ações dentro da segurança permite a conclusão destes inquéritos no menor espaço de tempo possível e nos coloca em destaque nacional”.

Governador Eduardo Riedel em visita à Academia de Polícia, em Campo Grande.  (Foto: Assessoria)
Governador Eduardo Riedel em visita à Academia de Polícia, em Campo Grande.  (Foto: Assessoria)

Capacitação e boas condições

Para o delegado-geral da Polícia Civil, Roberto Gurgel, este destaque nacional na elucidação de homicídios ocorre devido a vários fatores positivos no Estado. “O principal é a capacidade e comprometimentos dos nossos policiais, que são vocacionados para este trabalho que fazem, principalmente os homicídios que afetam a ordem jurídica e abalam de forma significativa a sociedade”.

Gurgel destaca que as boas condições no trabalho também fazem a diferença no dia a dia. “Os meios que são fornecidos pela instituição permitem que os policiais possam fazer esta elucidação dos crimes de maneira mais profícua. Estas ações ocorrem nos 79 municípios do Estado”, garante.

No mesmo levantamento, Mato Grosso do Sul também apresenta a quinta menor taxa de mortes violentas intencionais, mesmo estando em um estado que faz fronteira com a Bolívia e Paraguai, e por esta localização precisa combater o tráfico de drogas e armas, assim como pistolagem provocada pelo crime organizado.

Além dos recursos e investimentos próprios, o Governo do Estado viabilizou mais R$ 121 milhões de verbas federais para a segurança pública nos próximos anos. Sendo R$ 71 milhões voltados à Polícia Penal, R$ 35 milhões para enfrentamento da violência contra mulher e mortes violentas, mais R$ 10 milhões na aquisição de viaturas e equipamentos e R$ 5 milhões para a Escola de Segurança.

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