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Cidades

Mato Grosso do Sul supera a média nacional em resolução de crimes

Pesquisa revela que desempenho do Estado é de 94,9%, contra 64,16% nacional

Jhefferson Gamarra | 12/09/2023 15:52
Perícia da Polícia Civil em local de assassinado em Campo Grande (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Perícia da Polícia Civil em local de assassinado em Campo Grande (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Recente levantamento realizado pela Adepol-BR (Associação dos Delegados de Polícia do Brasil) trouxe à tona dados sobre a resolução de inquéritos policiais em todo o país. Entre os estados, Mato Grosso do Sul se destacou com uma taxa de 94,9%, superando significativamente a média nacional de 64,16%.

A pesquisa abrangeu os 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal, e foi realizada a pedido da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados. Ela se baseou em fontes oficiais e dados fornecidos diretamente por cada instituição policial, oferecendo um panorama completo da resolutividade e elucidação de inquéritos policiais.

No cenário nacional, Mato Grosso do Sul se destacou como um líder, alcançando 94,9% de resolução dos inquéritos. Esse desempenho notável coloca o Estado como referência no país quando se trata de investigação e resolução de crimes.

Logo atrás de Mato Grosso do Sul, o vizinho Mato Grosso também figurou com um desempenho notável, apresentando uma taxa de 93,51%. No Maranhão, a eficácia das investigações se refletiu em uma taxa de resolução de 96,65%, consolidando o estado como referência na solução de inquéritos policiais. O Pará, na região Norte, também demonstrou seu empenho, alcançando uma taxa de 89,59%. Goiás fechou a lista dos cinco melhores índices, com 61,89%.

"Os resultados mostram que na região Sudeste, a mais populosa, o índice de solução de inquéritos é de 52,44%. No Norte e Nordeste, supera os 60% e chega a 77% no Centro-Oeste. Esses números são significativos e podem ser atribuídos ao trabalho abnegado e dedicado de todos os servidores das Polícias Civil e Federal", concluiu o presidente da Adepol, Rodolfo Queiroz Laterza.

No levantamento, foram considerados critérios específicos para cada instituição policial, avaliando a presença de índices de resolução de inquéritos policiais anuais na Polícia Civil. Quando esses índices estavam disponíveis, a pesquisa analisou a eficácia, levando em conta a proporção entre inquéritos instaurados e relatados. Além disso, foram examinados os índices de resolução de inquéritos relacionados a crimes de homicídio, patrimônio e violência doméstica, utilizando o mesmo método de avaliação.

Em relação à atuação da Polícia Federal, em 2021, o índice de resolução de inquéritos alcançou a marca de 81,29%. Além disso, até 31 de agosto de 2022, 82,31% dos inquéritos relatados haviam sido solucionados. Quanto aos indicadores de crimes de homicídio, especificamente relacionados ao artigo 121 e seus parágrafos, o índice de resolução atingiu 78,38% em 2021 e aumentou para 80,46% em 2022.

Esses números se comparam favoravelmente aos índices de resolução de casos nos Estados Unidos, que é de 66%, e superam consideravelmente os números observados na Inglaterra, que registra apenas 7,8% de casos solucionados nesse mesmo contexto.

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