Ministério Público pede instalação de barreiras sanitárias na rodoviária
Recomendação está relacionada com aumento de casos na região de Dourados e o objetivo é evitar colapso no sistema de saúde
O Ministério Público Estadual enviou recomendação à Prefeitura Municipal de Campo Grande para instalação de barreira sanitária na rodoviária e suspensão das atividades enquanto estas barreiras não estiverem em funcionamento. O objetivo é evitar a disseminação do coronavírus e consequente colapso do sistema de saúde do município.
A recomendação é assinada pela promotora Filomena Aparecida Depolito Fluminhan da 32ª Promotoria e dá prazo de 10 dias para o Executivo municipal fazer as adequações. Conforme a publicação, esta orientação está relacionada com o aumento do número de casos confirmados no Estado, especialmente na região da Grande Dourados. Em Mato Grosso do Sul são 1.568 confirmações da covid-19 até esta segunda-feira (1º).
O MPE recomenda a instalação das barreiras, com plantão de 24 horas da vigilância sanitária para ver o estado de saúde dos passageiros, além de realizar orientações sobre quarentena. Durante a abordagem, as pessoas serão questionadas sobre a origem e destino e se tiveram ou não contato com pessoas infectadas. A coleta de informações servirá para monitoramento posterior.
A promotora cita a alta incidência de casos em outros estados, como São Paulo, e pontua que o transporte interestadual e intermunicipal está sujeito a receber pessoas destes locais “expondo, dessa forma, os passageiros e a comunidade de destino deles ao risco de contaminação”, declarou a promotora na recomendação.
O terminal Rodoviário de Campo Grande suspendeu as atividades no dia 24 de março como medida de prevenção ao novo coronavírus e reabriu em 25 de abril.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura para saber se a recomendação já havia sido recebida e seria cumprida. Em nota, eles responderam que, "as barreiras sanitárias já estão sendo realizadas no terminal desde a reabertura gradual sob a responsabilidade da administradora do local".