Prefeitura volta atrás e a partir de 8 de junho retoma barreiras em 3 saídas
Prefeito havia dito que substituiria essas ações por blitzes, mas reunião nessa tarde definiu que ambas serão mantidas
As barreiras sanitárias em Campo Grande vão continuar por 15 dias, a partir do dia 8 de junho, mas em apenas três das cinco saídas da cidade. É o que ficou definido em reunião agora à tarde entre a Segov (Secretaria Municipal de Governo) e a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) na Esplanada Ferroviária. Mas cedo, o prefeito Marquinhos Trad havia dito que iria substituir esses bloqueios por blitzes.
Mas agora as barreiras serão realizadas apenas nas saídas de São Paulo, Três Lagoas e Sidrolândia, de onde, segundo o secretário de governo, Antônio Lacerda, provém maior parte dos viajantes que podem estar contaminados, devido a localização geográfica.
Tanto por São Paulo quanto por Três Lagoas, podem acessar a Capital, turistas vindos do sudeste do Brasil, região onde os números do novo coronavírus estão mais altos. Já a saída de Sidrolândia liga a Capital às cidades do sul do Estado e do País, onde a situação também está mais grave que em Campo Grande.
A barreira também não vai funcionar por 24h, serão praticamente em horário comercial, de 6h às 18h.
As duas saídas da cidade que ficaram de fora são de Terenos, que liga a Capital à região de Corumbá e a de Cuiabá, por onde entram viajantes vindos no Norte do País. “As três saídas onde manteremos as barreiras são as que apresentam mais preocupação”, disse Lacerda.
Para que as barreiras sejam novamente implementadas e comecem a funcionar em 8 de junho, nova reunião será realizada na semana que vem e serão analisados os resultados completos dos dois dias de barreiras realizadas esta semana, na terça e na quarta-feira. Leia sobre isso aqui.
Segundo o secretário de saúde, José Mauro Pinto de Castro Filho, há necessidade de se organizar com outras autoridades, já que a implantação da barreira não depende apenas da prefeituras, mas também de forças de segurança, como a PRF (Polícia Rodoviária Federal).
Vale ressaltar ainda que há necessidade de mais EPIs (equipamentos de proteção individual), para serem usados nos agentes de saúde e outros servidores da prefeitura que vão atuar por 15 dias nas barreiras.
Blitz – Hoje de manhã, o prefeito Marcos Trad (PSD) havia informado (leia aqui) que ao invés das barreiras, a prefeitura passaria a atuar com blitzes, realizando também a aferição de temperatura e teste rápido de detecção de covid-19 em quem apresentasse febre.
No entanto, a reunião desta tarde definiu a manutenção das barreiras sanitária e também a realização das blitzes. Ao molde das de trânsito, essas abordagens vão funcionar nos bairro, levando-se em conta os locais da cidade onde há mais casos da doença, com base em dados do Sisgran (Sistema Municipal de Indicadores de Campo Grande).
Segundo Lacerda, as blitzes “não têm a mesma eficiência das barreiras. Fizemos a reunião para ver a possibilidade de continuarmos com a operação do porte que traga eficiência”, sustentou.
Elas devem começar semana que vem em alguns pontos da cidade e serão de curta duração, com até duas horas.