ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, QUINTA  26    CAMPO GRANDE 28º

Cidades

Ministério vai usar fêmeas de Aedes aegyptii com larvicida para combater dengue

Estudo desenvolvido pela Fiocruz do Amazonas recebeu autorização nesta segunda (8)

Por Gustavo Bonotto | 08/07/2024 23:12
Profissional de saúde manipula recipiente com larvicida utilizado em estudo. (Foto: Reprodução/Fiocruz)
Profissional de saúde manipula recipiente com larvicida utilizado em estudo. (Foto: Reprodução/Fiocruz)

O Ministério da Saúde emitiu, na tarde desta segunda-feira (8), nota técnica que oficializa o uso de fêmeas do mosquito Aedes aegypti em estações de larvicidas como estratégia nacional de controle do vetor responsável pela dengue.

O objetivo, segundo a pasta, é reproduzir um estudo desenvolvido pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) na Amazônia. As estações disseminadoras utilizam a fêmea do mosquito como aliada na dispersão de larvicida, capaz de impedir a proliferação dos focos do transmissor da dengue, zika e chikungunya.

A armadilha, que utiliza água em um pote plástico de dois litros recoberto por um tecido sintético impregnado de larvicida, atrai as fêmeas do vetor para colocar ovos e ao pousar elas se impregnam com o larvicida presente nas estações.

Essas fêmeas, impregnadas com larvicida, ao visitarem outros criadouros acabam contaminando outros recipientes com o inseticida, o que impede o desenvolvimento das larvas e pupas, reduzindo a infestação e, por conseguinte, o avanço da doença.

Nas estações, as micropartículas do larvicida em pó aderem-se ao corpo do mosquito. Como as fêmeas visitam muitos criadouros para colocar poucos ovos em cada um, elas disseminam o larvicida para esses criadouros, em um raio aproximado que pode variar entre 3 e 400 metros.

"Quando as fêmeas pousam nos reservatórios para realizar a postura de ovos, ocorre a contaminação da água por meio das partículas dos inseticidas deixadas pelas fêmeas. Desta forma, a água dos criadouros passa a ter o potencial de interferir no desenvolvimento das larvas", justifica a Fiocruz.

A estratégia já foi testada e aprovada com resultados comprovados em 14 cidades brasileiras, de diferentes regiões do país. A nota técnica explica que o Ministério da Saúde tem fomentado e acompanhado o desenvolvimento de novas estratégias para vigilância entomológica e controle do vetor.

Receba as principais notícias do Estado no WhatsApp. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias