MS lidera ranking de operações que prenderam 2 mil suspeitos de integrar o PCC
Polícia Federal passou a mirar o grupo criminoso em 2018 e apreendeu R$ 812 mil da facção em cinco anos
Mato Grosso do Sul lidera o ranking de estados com maior número de operações da Polícia Federal realizadas nos últimos cinco anos. As ações visavam localizar e prender os integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital). Das 339 operações feitas pelos agentes, 72 aconteceram no Estado, entre janeiro de 2018 e novembro de 2022. Ao todo, foram apreendidos R$ 812 mil da facção e 2.086 prisões decretadas.
Além disso, Mato Grosso do Sul também faz parte da lista dos estados com maior número de apreensões de bens e prisões no período, aparece em quinto e quarto lugar, respectivamente.
De acordo com a PF, em 2020 foi realizada no Centro-Oeste a operação “Status”, em conjunto com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai. As investigações miraram nos líderes da facção e resultaram na apreensão de R$ 116 milhões em valores e bens.
A apuração teve início após a polícia descobrir que um dos chefes do grupo usou R$ 350 mil como caução para tratamento de saúde em um hospital de São Paulo.
Conforme o levantamento feito pela Folha de São Paulo, os traficantes que agiam na região da fronteira mantinham empresas de fachada e ostentavam com festas, carros de luxo, motos aquáticas e fazendas.
Ainda segundo o jornal, foi identificado um resort particular, situado às margens de um lago na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso. O local teria sido usado na comemoração do aniversário de um dos chefes da organização criminosa.
Operações - No País, até 2018 o setor responsável pelo combate ao tráfico de drogas era chamado de coordenação-geral de Repressão a Entorpecentes. Após o período foi acrescentada a palavra facção ao nome do setor.
Antes disso, os dados de operações contra a facção ficavam separados em diversos setores da PF. Isso porque o objetivo era a descapitalização do tráfico, sem o foco em grupos específicos. Depois da mudança, a polícia passou a contabilizar cada operação deflagrada e criar grupos especializados para combater a chamada criminalidade faccionada.