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Cidades

Nem polícia intimidou homem que matou ex-mulher e filho na saída de escola

Em maio, quando foi preso por violência doméstica, Ezequiel ameaçou a ex-mulher na frente dos policiais

Viviane Oliveira | 13/09/2022 12:13
Michelli e Ezequiel viveram juntos por cerca de 5 anos (Foto: reprodução / arquivo pessoal)
Michelli e Ezequiel viveram juntos por cerca de 5 anos (Foto: reprodução / arquivo pessoal)

Nem a polícia intimidava o estudante de Medicina Ezequiel Lemos Ramos, de 39 anos, preso em flagrante na tarde de ontem (12), após matar a tiros a ex-mulher, Michelli Nicolich e o filho caçula, em frente a uma escola na Zona Leste de São Paulo.

No dia 19 de maio, ao ser preso em flagrante por ameaça (no âmbito da violência doméstica) e posse ilegal de arma de fogo, Ezequiel coagiu Michelli, dentro da Dam (Delegacia de Atendimento à Mulher), na frente dos policiais militares e civis dizendo: “você é louca de fazer b.o, se você abrir a boca e fazer b.o, você vai ver”.

Na época, os dois eram casados e viviam em Ponta Porã com os filhos. Em depoimento, a vítima contou à polícia que o casal teve discussão por ciúmes e, no dia dos fatos, o marido chegou da faculdade exigindo que ela saísse do imóvel.

Michelli, então, pediu um prazo. Armado com uma pistola, o marido passou a ameaçá-la, engatilhou a arma e apontou para a sua cabeça e disse: “vou ficar longe de você pra eu não dar um tiro na sua cara, pra eu não ser preso, não preciso pagar pistoleiro, eu mesmo faço”.

Ezequiel quando foi preso no dia 19 de maio em Ponta Porã (Foto: reprodução)
Ezequiel quando foi preso no dia 19 de maio em Ponta Porã (Foto: reprodução)

Desesperada, Michelli saiu correndo e acionou a polícia. Na casa, foram apreendidas 152 munições. Ezequiel chegou a fugir, mas depois retornou e foi preso em flagrante. Indagado se tinha armas, ele disse que era CAC (colecionador de armas, atirador desportivo e caçador) e tinha as deixado na casa de um amigo. Posteriormente, a polícia encontrou duas armas escondidas na casa dele.

Ao ser ouvida, Michelli contou que era comum Ezequiel portar pistola dentro do carro, temia que o ex-marido saísse da cadeia e a procurasse para concluir as ameaças. Na ocasião, ela contou ainda que pretendia retornar para a sua cidade natal, São Paulo. Michelli pediu medida protetiva e oito dias depois e foi embora com os dois filhos para a capital paulista, onde desde então estava vivendo.

Ezequiel teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, mas cerca de 1 mês depois foi solto. Ele chegou a usar tornozeleira eletrônica enquanto respondia a processo pelos crimes, mas alegou constrangimento ao frequentar as aulas de Medicina e no dia 13 de julho o monitoramento foi desativado.

Ezequiel foi preso em flagrante após matar a tiros a ex-mulher e o filho caçula, em frente a uma escola na Zona Leste de São Paulo. O crime aconteceu na tarde de ontem (12). Em entrevista a jornais de São Paulo, o irmão de Michelli, Jackes Nicolich, disse que ela e os filhos viveram por 5 anos em Ponta Porã, para ficar com Ezequiel que fazia Medicina no Paraguai. Mas depois de sofrer agressões, a irmã se mudou para São Paulo havia quatro meses.

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