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No Dia das Mães, presente é garantir a 2ª dose da Coronavac a quem se ama

Na fila do Guanandizão, filhos acompanham as mães para que a vacina traga alívio e esperança neste domingo

Silvia Frias e Bruna Marques | 09/05/2021 08:42
Kátia (óculos) estava emocionda, misto de alegria pela 2ª dose e tristeza pela internação do marido, com covid (Foto: Marcos Maluf)
Kátia (óculos) estava emocionda, misto de alegria pela 2ª dose e tristeza pela internação do marido, com covid (Foto: Marcos Maluf)

O domingo de comemoração pelo Dia das Mães começou cedo para quem resolveu enfrentar fila de dobrar quarteirão para garantir a 2ª dose da Coronavac para elas. No Guanandizão, os filhos as acompanham na longa espera pelo presente tão aguardado.

Depois da abertura dos portões, as vagas dentro do Guanandizão foram ocupadas. Do lado de fora, muita gente ainda aguardava a senha para poder garantir a 2ª dose da Coronavac. No local, serão distribuídas 3 mil doses do imunizante.

A corretora Dulce Maria Salomão, 40 anos, chegou por volta das 7h30, acompanhando a mãe, Kátia Azambuja Salomão de Almeida, 60 anos. A aposentada tomou a 1ª dose no dia 20 de março e pegou covid-19 antes da data de 2ª dose, 17 de abril. Chegou a ficar internada por 5 dias, mas se recuperou. O marido, que também tomou a 1ª dose, também contraiu a doença e está na UTI há um mês.

Magda diz que vale a pena passar o Dia das Mães para garantir imunização da mãe (Foto: Marcos Maluf)
Magda diz que vale a pena passar o Dia das Mães para garantir imunização da mãe (Foto: Marcos Maluf)

“Fico triste porque meu marido ainda está lá [hospital] e feliz porque vou me vacinar”, disse, emocionada. Dulce conta que sofreu  muito quando os dois ficaram doentes. “Estou aqui para garantir a segunda dose; apesar de tudo, estou feliz, a vacina é a única esperança que temos”.

Com a mesma expectativa, a dona de casa Magda Pereira, 44 anos, levou a mãe, Claudete Roberta da Silva, 75 anos, no Guanandizão. As duas moram no São Conrado e chegaram por volta das 7h30, encontrando a fila quilométrica já formada. Apesar disso, preferiram ficar no local.

A mãe tomou a 1ª dose no começo de abril e a 2ª estava para marcada para dia 18 de abril, porém, com atraso da  Coronavac a espera se tornou angústia.

Claudete se diz ainda receosa em tomar a vacina, pois teve reações, como dores de cabeça e tontura. “Eu fico meio indecisa, mas vontade, não tenho não”. Apesar de relutante, foi convencida pela insistência dos filhos. “O sentimento é de felicidade, perto dos filhos somos felizes”.

Magda conta que fez questão de fazer companhia e até pensou em desistir ao ver a fila, mas resolveu encarar o desafio. “Estamos na expectativa, apesar de ser Dia das Mães, vale a pena ficarmos aqui; até chegarmos na portaria, vamos ficar bastante tempo juntas”.

No Guanandizão, serão distribuídas 3 mil doses de Coronavac (Foto: Marcos Maluf)
No Guanandizão, serão distribuídas 3 mil doses de Coronavac (Foto: Marcos Maluf)


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