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Cidades

Novembro termina com 61 cidades sem mortes por covid em MS

Mesmo que tenha sido menor número de óbitos desde maio, secretário alerta sobre perigos da nova variante

Guilherme Correia | 01/12/2021 11:49
Homem é vacinado contra a  covid-19 em Mato Grosso do Sul. (Foto: Henrique Kawaminami)
Homem é vacinado contra a  covid-19 em Mato Grosso do Sul. (Foto: Henrique Kawaminami)

Novembro terminou com 61 municípios de Mato Grosso do Sul sem registrarem mortes pelo coronavírus, de acordo com dados do Ministério da Saúde, analisados nesta manhã (1º) pelo Campo Grande News. Com exceção de 18 cidades, o restante do território estadual ficou sem vítimas da doença.

Os registros são feitos por unidades de saúde, investigados por secretarias municipais e estadual, e são compilados pela pasta federal. Amambai, Anastácio, Bataguassu, Bonito, Corumbá, Maracaju, Mundo Novo, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã, Selvíria, Sidrolândia, Taquarussu e Vicentina tiveram uma morte cada neste período.

Já Ladário e Naviraí tiveram duas mortes, cada, enquanto Dourados registrou sete e Campo Grande acumulou 13 confirmações. Além disso, o mês teve a menor quantia de mortes desde maio do ano passado, quando foram 11.

Ainda que o índice seja positivo, muito em função da campanha de vacinação contra a covid-19, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, explicou que é preciso tomar cuidados em relação à pandemia, que segue registrando casos leves ou graves, mesmo que em número menor.

Nova variante - O titular da SES (Secretaria Estadual de Saúde) ressaltou que a variante Ômicron tem gerado preocupação, por se tratar de uma mutação do vírus ainda com características desconhecidas. Ao menos 20 países já confirmaram-na e no Brasil, três indivíduos foram diagnosticados com ela.

“Há vários estudos sobre a gravidade, a transmissibilidade, a reinfecção e também estudos sobre a eficácia das vacinas. Todos esses três casos, foram em pessoas que foram vacinadas. Foi confirmado que a vacina protege. A evolução clínica deles é bastante razoável. Ou seja, não são casos graves”, explicou Resende.

Novamente, ele fez um pedido para que sul-mato-grossenses evitem risco desnecessário - o que envolve buscar vacinação, fazer diagnóstico rápido e adotar medidas não farmacológicas, como uso de máscaras, higiene das mãos e distanciamento social.

Apenas em relação aos testes, ele frisou que há oferta de exames, por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), mas que há baixa procura. “Até agora, todas as vacinas que nós temos de proteção e ao mesmo tempo os exames que temos hoje - RT-PCR, os testes de antígeno rápido - detectam essa variante”.

“O que nós precisamos fazer é aumentar a nossa percentagem de imunizados. Os grupos que estão indicados para tomarem a vacina, principalmente nos adultos após os 40 anos e aqueles também, que nós temos que fazê-lo, abaixo de 40 anos acima de 18 anos. Se aumentarmos o percentual da dose de reforço nesses grupamentos, estamos possibilitando a essas pessoas o aumento da imunidade”.

Segundo o secretário, a vacinação possibilita que a pandemia tenha um “desfecho” “bastante frágil, bastante tênue, na questão epidemiológica”. Isto é, que se houver uma abrangência completa de imunizados, haja uma redução expressiva nos casos, internações e óbitos.

“A gente precisa fazer com que os resistentes, tomem a vacina. Porque essa mutação que aconteceu na África, pode acontecer no Brasil ou ela pode também se modificar ao longo do processo e tornar-se mais agressiva, com maior grau de efetividade, maior grau também de risco para as pessoas que vieram a ter”.

Boletim atualizado - Em boletim epidemiológico publicado hoje pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), três novas mortes por covid-19 foram registradas nas últimas 48 horas, em Mato Grosso do Sul. O documento é público e os dados com informações sobre as vítimas podem ser consultados por meio da pasta.

A SES também informou que a média diária, da última semana, tem sido de aproximadamente 73 infecções e ao menos uma morte por dia.

Mais de 378,8 mil sul-mato-grossenses tiveram covid no Estado, desde o início do período pandêmico. Desses, 9.687 morreram pela doença.

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