Operação da PF apura desvio de verbas e lavagem de dinheiro na emissão de CNHs
Segundo Receita Federal, 7ª fase da Lama Asfáltica apura irregularidades na vistoria veicular e na compra fictícia de produtos
A sétima fase da Operação Lama Asfáltica, deflagrada hoje pela PF (Polícia Federal), apura desvio de recursos públicos por meio de supostas fraudes em licitações na contratação de serviços de emissão de CNHs (Carteira Nacional de Habilitação), vistoria veicular, além de aquisição fictícia de produtos.
Na Operação Motor de Lama, são 19 mandados, expedidos pela 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande. São 11 de busca e apreensão, 4 medidas restritivas de liberdade e 4 mandados de sequestro e decretação de indisponibilidade de bens de investigados em Campo Grande e Dourados. Segundo a PF, são R$ 40 milhões em confisco de bens e valores.
Segundo informações da Receita Federal, além da contratação na emissão de CNH, a operação investiga a utilização de contas bancárias de “testas de ferro” e a evasão de divisas, mediante a utilização de dólar-cabo para a remessa de valores.
Neste sistema os recursos são transferidos de forma eletrônica para o exterior, mediante uma rede de doleiros, sem observância das normas legais.
Participam das ações 9 auditores-fiscais e 5 analistas-tributários da Receita Federal, mais de 46 policiais federais e servidores da Controladoria-Geral da União. As medidas estão sendo cumpridas no município de Campo Grande (MS) e Dourados.
O nome da operação faz referência ao fato de as investigações concentrarem-se sobre os recursos públicos desviados em licitações relacionadas a vistorias em veículos automotores.
Levando-se em consideração as fraudes e as propinas pagas a integrantes da organização criminosa, os prejuízos causados ultrapassam os R$ 400 milhões (quatrocentos e trinta e dois milhões de reais) se consideradas as 7 fases da operação.