Operação fecha com 190 crianças atendidas e 24 medidas protetivas
A força-tarefa para prender suspeitos ou condenados pelos crimes foi realizada em todo o País
Em um mês de Operação Acalento, deflagrada no dia 13 de junho, 192 crianças e adolescentes vítimas de violência infantil foram atendidas em Mato Grosso do Sul. A força-tarefa para prender suspeitos ou condenados pelos crimes foi realizada em todo o País.
A ação coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública com apoio das policias civis resultou em 51 prisões de agressores no Estado. No total, foram solicitadas à Justiça 24 medidas protetivas e realizadas 585 ações educativas para prevenir esse tipo de violência.
O secretário adjunto de operações integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Bráulio Vieira, destaca a importância de perceber mudanças de comportamento nas crianças. Segundo ele, os vulneráveis têm uma peculiaridade de demonstrar sinais diante de agressões e violência contra eles.
“Normalmente, varia de cada personalidade da criança, sinais de modificações repentinas de humor, mas o mais importante é procurar as delegacias especializadas no combate à criminalidade nesse segmento. Temos, em quase todos os entes federativos, as delegacias especializadas que têm policiais treinados para detecção desse tipo de criminalidade e busca de criminosos”, destacou.
Em todo o País, a operação resultou na prisão de mais de 1.400 pessoas acusadas de crimes contra crianças e adolescentes. Ao todo, mais de 16.500 vítimas foram atendidas. Qualquer pessoa pode denunciar casos de violência de direitos humanos, de forma gratuita, pelo disque 100.
Em Campo Grande, o vendedor de salgados Thiago Passos Sodré, de 39 anos, condenado a 18 anos e 4 meses de prisão pelo crime de estupro de vulnerável e por divulgar e armazenar material de abuso sexual infantil, foi um dos presos na manhã de quarta-feira (13).
Ele, que era foragido do Estado do Mato Grosso desde 2016, foi localizado no Bairro Nova Campo Grande. O outro preso, Edson Ramos Baez, de 43 anos, foi detido no trabalho, no Bairro Coophatrabalho, por estupro de vulnerável.
Ele estava foragido há 7 anos. Os dois foram levados para a DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), passaram pelo Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e, na sequência, foram encaminhados para a penitenciária do Estado.