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Cidades

Paciente transferida para RO recebe alta, mas aguarda retorno para MS há 2 dias

Bruna Soares foi levada para Porto Velho e já pode voltar para MS; Saúde diz que passagem será viabilizada

Silvia Frias | 10/06/2021 11:48
Bruna está internada na enfermaria do hospital em Porto Velho, ansiosa pela volta (Foto /Arquivo familiar)
Bruna está internada na enfermaria do hospital em Porto Velho, ansiosa pela volta (Foto /Arquivo familiar)

A família da cabeleireira Bruna Maria Santos Duarte, 29 anos, enfrentou a angústia da transferência dela de Dourados para hospital em Porto Velho (RO), depois do agravamento de covid-19. Agora, tentam viabilizar o retorno dela, agora, recuperada e com alta hospitalar, mas ainda na enfermaria da unidade, sem previsão de volta.

A SES (Secretaria Estadual de Saúde) respondeu que ainda hoje irá viabilizar passagem em voo comercial para que um parente de Bruna possa ir buscá-la em Porto Velho, já que a moça somente será liberada pelo hospital com acompanhante. O retorno de Bruna, segundo a secretaria, será o procedimento padrão a ser adotado para os pacientes recuperados e que foram transferidos para outros estados.

Bruna mora em Dourados com o marido, Leandro Bazan, 31 anos e casal de filhos, de 8 e 2 anos. A mãe dela, a dona de casa Rose Duarte, conta que a filha começou a ter sintomas da doença no dia 21 de maio. Naquele dia, já aguardava o resultado do exame do marido, que testou positivo. Como Rose tem pressão alta e diabetes, a cabeleireira foi para casa e ficou isolada com a família.

Rose conta que a filha, o genro e os netos ficaram isolados por quase uma semana. “A gente levava comida para eles, chá caseiro, ficava cuidando de longe”, conta a dona de casa. No dia 27, Leandro havia piorado e resolveu procurar hospital, sendo internado, intubado e, no dia seguinte, transferido para o Hospital da Vida, em Dourados.

Bruna também apresentou piora no quadro clínico. Ela foi levada pelo pai ao PAM de Dourdos onde passou a usar balão de oxigênio. De tarde, segundo a mãe, foi para a UPA e permaneceu por uma semana.

No dia 3 de junho, a família recebeu informação de que Bruna precisava ser transferida para UTI, mas que a vaga era em Porto Velho (RO). “A gente se desperou, mas tinha que fazer escolha: se ficasse, não teria vaga, se fosse, o medo era dela não voltar”, conta Rose.

A família autorizou a transferência e a cabeleireira foi levada no mesmo voo que Nice Menani, 52 anos, que morreu de complicações da doença no dia 7 de junho.

Em Porto Velho, Bruna disse ao Campo Grande News que não chegou a ser intubada, mas permaneceu na UTI, utilizando equipamento auxiliar de respiração. Após 3 dias, apresentou melhora e saiu da unidade, sendo levada para enfermaria e agora, em alta hospitalar.

“Eu estou ansiosa, tento me distrair com celular”, diz Bruna, que passa o tempo em repouso e conversando com a família em Dourados.  “Quero ver meu marido, meus filhos”. A boa notícia é que Leandro foi extubado e começa a ser recuperar, em Dourados.

Segundo a SES, o retorno de Bruna deve ocorrer ainda hoje, a partir do contato da Central de Regulação com os familiares.

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