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Cidades

Pesquisa mostra que feminicídio diminuiu; caso mais recente tem 17 dias

Segundo a Sejusp, no primeiro semestre deste ano, os casos de feminicídio tiveram queda de 33% na Capital

Izabela Cavalcanti | 17/07/2023 11:28
Corpo de Natali Gabrieli coberto com lençol branco; ela foi morta pelo companheiro no dia 1° de julho (Foto: Bruna Marques)
Corpo de Natali Gabrieli coberto com lençol branco; ela foi morta pelo companheiro no dia 1° de julho (Foto: Bruna Marques)

Campo Grande teve queda de 33% nos casos de feminicídio, no primeiro semestre deste ano, segundo levantamento da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública). Apesar de a pesquisa mostrar redução, a situação ainda se faz presente no meio de muitas famílias. O caso mais recente ocorreu no dia 1° de julho.

O caso mais recente é de Natali Gabrieli da Silva Souza, de 18 anos, que foi morta pelo companheiro Cleber Corrêa, de 30 anos. O caso aconteceu no dia 1° de julho.

Segundo a aposentada Ângela Custódio Rocha, de 51 anos, avó da vítima, Natali levou o primeiro golpe dentro da residência. Na sequência, a vítima correu para a rua com a filha do casal, de 1 ano e 4 meses, nos braços, mas foi alcançada e esfaqueada novamente, até ser morta. Ela foi atingida no pescoço, costas, rosto e nos braços, indicando que tentou se defender. A roupa da criança ficou toda ensanguentada e foi socorrida pelos vizinhos.

Outros crimes - Além disso, foi registrado retração de 13% de roubos; de 10% nos crimes de furto; e de 8,7% nos roubos de veículos.

Considerando todos os municípios de Mato Grosso do Sul, os números apontam uma grande redução nos crimes de feminicídio (-58%); roubo (-15,8%); homicídio doloso (-11%); e roubos de veículos (-21%).

Já na Faixa de Fronteira, foi identificada uma redução de 21% nos crimes de homicídio doloso; queda de 19% de roubo e -32% de roubo a veículos.

Na visão da delegada titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Elaine Benicasa, a diminuição de feminicídios em Mato Grosso do Sul está ligada ao aumento nos registros de Boletins de Ocorrência, desde 2015, na Casa da Mulher.

"Todos os órgãos e entidades que compõem essa rede de proteção à mulher trabalham no sentido de estarmos cada vez mais fortalecidas também entre nós para que possamos levar da melhor forma possível informações quanto aos direitos, aos benefícios da lei e das políticas públicas. Ações preventivas, palestras em locais de trabalho, em escolas, programa de reeducação de agressores vinculados a alguns órgãos específicos. São várias frentes que a rede de proteção desenvolve que, com certeza, fazem diminuir os crimes de feminicídio", destacou.

Segundo a comandante-geral em exercício da Polícia Militar, coronel Neidy Barbosa Centurião, o cenário é fruto das ações práticas desenvolvidas por meio do Planejamento Estratégico da PMMS.

“Com policiais militares devidamente capacitados, realizando o policiamento ostensivo e preventivo de qualidade e agregando valor a todas as demais áreas do Estado. A PMMS segue cumprindo a sua missão de melhor atender a população sul-mato-grossense”, ressaltou.

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