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Cidades

PF leva veículos e malote de casa de empresário suspeito de ato antidemocrático

Operação Lesa Pátria contra financiadores de atos antidemocráticos cumpre mandados em MS e mais dois estados

Dayene Paz | 11/05/2023 08:34
Polícia Federal cumprindo mandados em Maracaju. (Foto: Hosana de Lourdes, Tudo do MS)
Polícia Federal cumprindo mandados em Maracaju. (Foto: Hosana de Lourdes, Tudo do MS)

A casa do empresário Adoilto Fernandes Coronel, em Maracaju, a 163 km de Campo Grande, foi alvo de buscas na manhã desta quinta-feira (11), no âmbito da Operação Lesa Pátria, que apura financiadores dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro contra o prédio dos três Poderes, em Brasília (DF). Do imóvel de Adoilto, a Polícia Federal saiu com dois veículos e um malote.

Ao longo da manhã, a polícia continua cumprindo os 22 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal, em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. Informações iniciais são de que os alvos seriam Colecionadores de armas, atiradores ou caçadores esportivos (CACs) e fazendeiros, que teriam financiado os atos.

Adoilto, que teve a casa vasculhada nesta manhã. (Foto: Divulgação)
Adoilto, que teve a casa vasculhada nesta manhã. (Foto: Divulgação)

Um dos mandados foi cumprido no imóvel de Adoilto, que fica no Bairro Porto Belo, em Maracaju. Adoilto já foi denunciado pela AGU (Advocacia-Geral da União) pelo financiamento dos atos antidemocráticos e, inclusive, teve bens bloqueados. Ele teria financiado dois ônibus para levar pessoas até Brasília.

Ouvido pelo Campo Grande News, em fevereiro, o empresário negou qualquer participação e disse que provaria sua inocência.

Polícia Federal deixando imóvel de empresário em Maracaju. (Foto: Hosana de Lourdes, Tudo do MS)
Polícia Federal deixando imóvel de empresário em Maracaju. (Foto: Hosana de Lourdes, Tudo do MS)

Lesa Pátria - Financiadores e pessoas que fomentaram atos antidemocráticos ao prédio dos três Poderes, do dia 8 de janeiro, em Brasília (DF), são alvos da 11ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela PF (Polícia Federal), nesta quinta-feira (11). Durante a apuração, foi determinado o bloqueio de bens, ativos e valores dos investigados até o limite de R$ 40 milhões para cobertura e ressarcimento dos danos causados ao patrimônio público.

Segundo a PF, os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

No dia 20 de janeiro, houve ação, quando a PF saiu às ruas para identificar os integrantes dos atos antidemocráticos. Na data, foi presa a intérprete de libras Soraia de Mendonça Bacciotti, 48 anos. Soraia foi intérprete durante a campanha de Renan Contar, o Capitão Contar (PRTB), para o Governo do Estado.

Antes de ficar conhecida como a intérprete “Ruiva do Contar”, Soraia se formou em Pedagogia e fez cursos de Turismo e Gastronomia. Atualmente, fazia especialização em Educação com ênfase em surdez. A intérprete aparece em postagens nas redes sociais como apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

(Com colaboração de Hosana de Lourdes, Tudo do MS)

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