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Cidades

Produção de cana em MS pode cair 20% com mudanças climáticas

Cenário pode prejudicar a produção de etanol no Estado e causar diminuição da receita vinda do insumo

Por Natália Olliver | 31/08/2024 14:52
Máquina opera na colheita da cana em propriedade rural brasileira; seca tem favorecido colheita. (Foto: Arquivo/Unica)
Máquina opera na colheita da cana em propriedade rural brasileira; seca tem favorecido colheita. (Foto: Arquivo/Unica)

O estudo desenvolvido pelo LNBR (Brazilian Biorenewables National Laboratory), no português, Laboratório Nacional de Biorrenováveis, do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, revelou que a produção de cana em Mato Grosso do Sul pode cair 20% com mudanças climáticas no próximos 10 anos. O cenário pode prejudicar a produção de etanol no Estado.

A diminuição já vem sendo sentida e noticiada pelo Campo Grande News nos meses anteriores. Na primeira quinzena de julho, as unidades produtoras da região Centro-Sul processaram 43,17 milhões de toneladas de cana-de-açucar, contra 48,54 milhões da safra 2023/2024. O Valor representa queda de 11,07%. A região Centro-Sul engloba os estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais.

Conforme a pesquisa, a diminuição de cana causaria um efeito drástico no mercado de etanol combustível e no de biocombustíveis do Brasil. Como Mato Grosso do Sul é um dos estados com alto índice de produção, além do cenário da crise, também pode haver desequilíbrio financeiro, pela diminuição da receita. Juntos, os estados do Centro-Sul produzem 90% da cana-de-açúcar do país.

A pesquisa utilizou dados climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) para descobrir como as mudanças climáticas podem afetar a produtividade. Segundo o levantamento, o que atrapalhou a safra não foi nem a temperatura, mas a falta de chuva.

“A queda na produção já começou a ser sentida e pode se agravar, caso não sejam adotadas ações para mitigar os impactos ambientais. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estima redução de 3,8% na safra de 2024/2025", aponta o texto.

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