Produção de insulina no Brasil deve suprir demanda nos postos de saúde
Fábrica de insulina inaugurada tem potencial para atender a demanda de 1,9 milhão de pacientes
Inaugurada nesta sexta-feira (26), em Minas Gerais, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a fábrica de insulina da empresa Biomm terá capacidade de produzir 20 milhões de unidades de carpules (refis) de insulina glargina por ano e, na sequência, de canetas de insulina.
A unidade tem potencial para atender a demanda de 1,9 milhão de pacientes e solucionar problemas como o enfrentado pelos campo-grandenses no início deste ano, quando os pacientes ficaram cerca de 20 dias sem o medicamento. Em fevereiro, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) justificou a falta nos postos de saúde devido ao não envio das canetas por parte do Ministério da Saúde, que é responsável pela compra e distribuição aos Estados.
Segundo dados do Atlas da Federação Internacional de Diabetes, divulgados pelo governo, o Brasil é um dos países com maior incidência de diabetes no mundo, com 15,7 milhões de pacientes adultos. Durante a inauguração, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, apontou que há mais de 20 anos o Brasil não tinha produção nacional de insulina e dependia apenas de produtos importados.
“O que se faz aqui é garantia de vida para uma doença que nós temos que trabalhar com prevenção, mas sabemos que, em muitos casos, não fugiremos da medicação, da insulina e de outros medicamentos que o SUS já fornece na assistência farmacêutica e Farmácia Popular”, disse a ministra Nísia.
Com investimento de R$ 800 milhões, a fábrica de 12 mil metros quadrados de área construída também produzirá 20 milhões de frascos de outros biomedicamentos. O investimento faz parte de uma estratégia nacional que tem como objetivo expandir a produção nacional de itens prioritários para o SUS, reduzir a dependência do Brasil de insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos de saúde.
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