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Cidades

Quadrilha é presa por furtar baterias de torres e deixar cidades sem internet

Dois alvos da ação foram encontrados em Mato Grosso do Sul, nas cidades de Bataguassu e Três Lagoas

Geisy Garnes | 06/07/2021 10:10
Policiais na casa de uma dos alvos de mandado da operação nesta manhã (Foto: Polícia Civil de São Paulo)
Policiais na casa de uma dos alvos de mandado da operação nesta manhã (Foto: Polícia Civil de São Paulo)

Operação da polícia paulista contra organização criminosa especializada no furto de baterias em torres de telefonia celular prendeu duas pessoas em Mato Grosso do Sul, nas cidades de Bataguassu e Três Lagoas, na manhã desta terça-feira (6). Conforme as investigações, mais de 60 ações do grupo foram registradas e deixaram várias cidades sem sinal das operadoras, tanto de celular, quanto internet.

Denominada Shutdown, a operação acontece simultaneamente em São Paulo e em Mato Grosso do Sul, nas cidades paulistas de Presidente Prudente, Regente Feijó, Caiuá e Presidente Epitácio, além de Bataguassu e Três Lagoas.

Conforme o delegado Everson Aparecido Contelli, Coordenador de Inteligência da Polícia Civil (Presidente Prudente), o grupo criminoso invadia torres de telefonia, geralmente em locais ermos, para furtar as baterias estacionárias, instaladas para evitar a interrupção do sinal em caso de pane elétrica. O crime tem como único objetivo a extração de chumbo do equipamento.

Equipes foram as ruas nas primeiras horas desta terça-feira (Foto: Polícia Civil de São Paulo)
Equipes foram as ruas nas primeiras horas desta terça-feira (Foto: Polícia Civil de São Paulo)

A ação dos criminosos só era descoberta durante vistoria técnica de rotina ou quando ocorria falta completa do sinal, justamente quando as baterias deveriam ser automaticamente acionadas. Por conta disso, várias cidades de São Paulo ficaram sem o serviço.

Com o cruzamento de registros, foram encontrados mais de 60 casos de subtração de baterias estacionárias das torres de telefonia na região, prejuízo que ultrapassa R$ 1,2 milhão. A investigação em si ganhou força após policiais da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da Divisão Especializada de Investigação Criminal (Deic), assumirem flagrante do crime na cidade de Pedrinhas Paulista, na comarca de Maracaí.

Ao Campo Grande News, o delegado explicou que a organização criminosa usava chaves falsas para ter acesso as torres, retirava as baterias, derretia o chumbo e revendia o metal para indústrias. “Estamos investigando como eles conseguiam as chaves usadas nos crimes, detalhou Contelli. O desmanche das baterias acontecia em empresa no interior de São Paulo.

Nesta manhã os policiais foram às ruas e cumpriram, onze mandados de prisão temporária, uma prisão em flagrante e 25 mandados de busca e apreensão, além de bloqueio de contas. Ainda conforme o delegado, parte dos envolvidos no esquema é de Mato Grosso do Sul. Dois alvos foram encontrados em Bataguassu e Três Lagoas: um suspeito em cada cidade.

Todos os presos foram levados para Presidente Prudente, onde serão interrogados, indiciados e levados à Cadeia Pública de Presidente Venceslau.



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