Repasse a associações deve reduzir fila de espera no SUS da Capital, diz Riedel
Verbas do governo e de emendas parlamentares levarão R$ 7,24 milhões a cinco instituições de Campo Grande
Em coletiva nesta sexta-feira (4), tanto o deputado federal Beto Pereira (PSDB) quanto o governador do Estado, Eduardo Riedel (PSDB), ressaltaram que o repasse anunciado de R$ 7,24 milhões a cinco instituições de saúde de Campo Grande deverá reduzir a fila de espera para procedimentos no SUS (Sistema Único de Saúde).
“É fundamental [a assinatura]. O Estado às vezes não consegue alcançar todas as pessoas no seu sistema estruturado normal e tem muitas entidades que fazem um belíssimo trabalho e que complementam todas as ações demandadas pela sociedade. Então, a gente contribui com recursos para que elas possam cumprir o seu papel da melhor maneira possível, é o Estado também se fazendo presente através das instituições naquilo que a sociedade espera”, declarou Riedel.
O governador comenta que quem se beneficia com a parceria são as instituições contempladas, já que receberão repasses de emendas parlamentares e do Governo do Estado. “O deputado Beto usou emendas deles do ano passado do que ele colocou nesse ano para que a gente operacionalize, o Estado tá colocando mais um volume de recursos para essas cinco instituições que foram anunciadas aqui, eu não tenho dúvida que vai fazer a diferença na vida de muita gente”.
O parlamentar utilizou verba de emendas parlamentares para contribuir com o orçamento, que também teve participação do Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da SES (Secretaria Estadual de Saúde).
Pereira citou o trabalho feito pelo ex-secretário estadual Geraldo Resende e disse que a fila de espera para procedimentos médicos - atribuída por ele como “fila da vergonha” - deve ser zerada, o que é de responsabilidade de todos os entes governamentais. “Queremos também ser referência em termos de destaque nas nossas ações de saúde [...] estamos buscando incansavelmente zerar a fila da vergonha”.
Ele alega que a fila de Campo Grande está grande devido à falta de assinatura de contrato, que deveria ter sido realizada há quatro anos.
Para Riedel, a regionalização da saúde sul-mato-grossense começou a se desenvolver, mas que ainda são necessárias políticas públicas. “Ainda temos algumas falhas na articulação desse sistema que faz com que a gente não tenha resultado à altura do que a gente deveria ter”.
“Não é culpa de A, B ou C. É uma estrutura em que nós vamos fazer esse enfrentamento direto com o apoio da assembleia, com apoio da bancada, com apoio dos prefeitos, dos vereadores. É importantíssimo para a gente mudar essa estrutura e o modelo. Esse é o desafio que nós temos na saúde. Esse é o desafio que nós temos que entregar pra nossa sociedade.”
O governador ressaltou que a pandemia de covid-19 afetou de forma profunda na saúde do Estado, além da própria economia. “Afetou milhares de pessoas em desemprego, ainda está com a economia, está com a saúde, com pessoas”.
“A gente não pode olhar como um simples recurso de R$ 3 milhões ou R$ 1 milhão, R$ 2 milhões. [A gente] tem que olhar com a mobilização de todos nós por um resultado, nós não podemos deixar ninguém para trás.”
O tucano comentou que há 40 mil pessoas que não estão “identificadas” no Estado e que é preciso atuação do SUS para que elas sejam contempladas com serviços de saúde e emprego. “Vamos botar mais de 600 pessoas na rua para achar essas pessoas. Não é só passar uma bolsa, um vale, como o Mais Social”.
“É entender porque essa pessoa não está acessando uma oportunidade de emprego. É entender porque ela não consegue subir no ônibus, vir aqui para o Centro de Campo Grande e tem empresário dizendo que não tem gente para trabalhar.”
Repasses - Nesta sexta-feira, o Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da SES, autorizou cinco convênios que destinarão, ao todo, R$ 7,24 milhões, em recursos estaduais, a entidades assistenciais de saúde de Campo Grande.
A iniciativa atende ao pedido do deputado federal Humberto Rezende Pereira (PSDB), o Beto Pereira, e visa contribuir no custeio do tratamento de pacientes atendidos via SUS.
Receberão R$ 1 milhão cada a Apae (Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais) e a Associação Juliano Varela.
Associação de Amparo à Maternidade e à Infância receberá R$ 1,5 milhão, enquanto a Associação de Auxílio e Recuperação dos Hansenianos, do Hospital São Julião, terá dois convênios, de R$ 3,24 milhões e R$ 500 mil.
O diretor-presidente da Maternidade Cândido Mariano, Daniel Gonçalves de Miranda, elogiou o trabalho feito pelo Governo e pela SES, já que o repasse veio com agilidade e transparência. Ele também mencionou deputados e vereadores que colaboram para que a maternidade cresça ainda mais e melhore seu atendimento.
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