Resende cobra água potável e serviços de saúde para indígenas
Deputado disse que se reuniu com ministro para cobrar celeridade em projetos
O deputado federal Geraldo Resende (PSDB) informou esta manhã que cobrou do Governo Federal a celeridade na liberação de recursos para o projeto de abastecimento de água em aldeias de Mato Grosso do Sul. Ele lembrou que, além da iniciativa, prevista no PAC (Programa de Aceleração no Crescimento), é preciso melhorar os serviços de saúde. Hoje, o Diário Oficial trouxe a prorrogação de nove contratos do Ministério da Saúde com a Missão Evangélica Caiuá até 31 de dezembro.
Resende disse que se reuniu na quarta-feira com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e cobrou respostas sobre a concretização do projeto. A Sanesul apresentou, em setembro do ano passado, um planejamento estimado em R$ 44 milhões para ampliação da rede de abastecimento de água em aldeias. Hoje, são muitas as situações de fornecimento feito somente com caminhão-pipa. Um dos exemplos é a Reserva Indígena de Dourados, onde vivem mais de 25 mil pessoas.
Recentemente, a reportagem noticiou a correção do valor de um contrato que vale até agosto deste ano, de R$ 3,5 milhões para atendimento a famílias na região de Antônio João, nos acampamentos Cerro Marangatu, Cedro, Fronteira, Itaquiray, Primavera I e II, Piquiry, Casa Branca, Salto Estrelinha e Soberania. O abastecimento com caminhão-pipa seria apenas uma solução emergencial, mas se tornou rotineira.
No começo do ano, Estado e União debateram o problema, quando o Executivo Estadual informou que destinaria R$ 15 milhões e, além da verba prevista no PAC, há estimativa de acréscimo de R$ 45 milhões a ser repassado pela Itaipu. A Sanesul informou que em 2023 abriu 5 mil metros de redes de abastecimento e 2,5 mil metros de ramais para atender aldeias.
Resende comentou que a atenção aos indígenas é um tema com o qual a União se comprometeu. “Então, esse compromisso tem que ser concretizado.” Ele não esclareceu se foi fixado um prazo pelo ministro.
O parlamentar também disse que é preciso melhorar os serviços de saúde. “Fui ver as unidades de saúde, estão realmente calamitosas, é uma tragédia, tragédia ver que inclusive nas próprias salas de imunização falta ar-condicionado, as próprias geladeiras totalmente sucateadas.” Ele cobrou “ações efetivas”, incluindo, ainda, a melhoria da educação para as crianças e adolescentes. Disse que procurou o ministro da Educação, Camilo Santana, e a secretária-executiva, Izolda Cela, cobrando ações para melhoria do ensino nas aldeias. As declarações foram feitas esta manhã, na unidade do JBS, na saída para Sidrolândia, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da remessa de um lote de carne bovina para ser exportado para a China.
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