Risco de morte por covid é 600 vezes maior que reação grave à vacina
Conforme dados estaduais, há 2 reações em 71 mil vacinados, enquanto 3 mil morreram da doença dentre 165 mil infectados
Até o momento, apenas dois casos de reação mais grave à vacina contra a covid-19 foram registrados em Mato Grosso do Sul, em meio a 71 mil doses aplicadas em pacientes do Estado. Essa proporção é cerca de 600 menor do que a chance de morrer pela doença, já que dentre os 165 mil casos, 3 mil não resistiram e faleceram.
Mato Grosso do Sul tem aplicado doses das vacinas Coronavac, desenvolvida entre Instituto Butantan e a farmacêutica Sinovac, e da Astrazeneca, pelo empresa homônima em parceria com a Universidade de Oxford. A primeira fase do PNI (Plano Nacional de Imunização) tem levado vacina, inicialmente, a profissionais de saúde, indígenas e idosos institucionalizados.
Segundo a SES (Secretaria Estadual de Saúde), os dois casos reativos a imunização - em profissionais de saúde - tiveram de buscar ajuda médica, mas não precisaram ser internados. Conforme publicação oficial, a pasta não descarta que já estavam infectados previamente.
É importante ressaltar que, no caso da vacina sino-brasileira, a taxa de eficácia global é próxima a 50% - ou seja, todos que a tomarem reduzem pela metade a chance de contrair o vírus. Apenas em pacientes que desenvolveriam sintomas leves, o imunizante é 78% eficaz, e em casos graves, o índice beira os 100%.
Isso significaria uma redução em massa nas internações e mortes pelo coronavírus - mas isso só poderá ser atingido, segundo autoridades em saúde, quando cerca de 30% da população estiver vacinada.
Reações à vacina - A reportagem questionou a pasta estadual sobre os registros de demais reações adversas às vacinas, mas não foi respondida até o momento. No site oficial, foi reiterado pela gerente técnica de Imunização da SES, Ana Paula Goldfinger, que "reações leves são esperadas para toda e qualquer vacina”.
Isso incluiria sintomas como dor de cabeça, febre, dor muscular, diarreia, náusea e dor localizada. No País, até o início de fevereiro, eram três milhões de vacinados, dos quais apenas 20 casos graves têm suspeita do Ministério da Saúde, que ainda não confirmou se há relação com os imunizantes.