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Cidades

"Sala de controle" dentro da Polícia Federal em MS quer apertar cerco a facções

Força Integrada será permanente com equipe de policiais rodoviários, federais, civis e agentes penitenciários

Por Danielly Escher | 28/11/2023 16:35
Delegado da Polícia Federal Leonardo Machado fala sobre Força Integrada (Foto: Marcos Maluf)
Delegado da Polícia Federal Leonardo Machado fala sobre Força Integrada (Foto: Marcos Maluf)

Um tipo de sala de controle está sendo montada dentro da Superintendência da Polícia Federal em Campo Grande para receber a Ficco (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado). A expectativa é de que ainda em 2023 a equipe comece a bater ponto no mesmo lugar. São entre 12 e 15 pessoas, incluindo policiais federais, rodoviários federais, civis, agentes de presídios de Mato Grosso do Sul e da União. Militares também devem se juntar ao grupo criado para funcionar de forma permanente.

O chefe da Ficco será o delegado da Polícia Federal, Leonardo de Souza Caetano Machado. Ele diz que mais de 15 Estados do país já contam com o grupo e, recentemente, em outubro, o Rio Grande do Sul assinou um acordo de cooperação para a implantação da unidade.

Em Mato Grosso do Sul, a equipe está sendo montada. "O delegado da Polícia Civil se apresenta hoje. Estamos iniciando os recrutamentos tanto da PRF quanto da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário). Aí depende de questão administrativa para trazê-los", explica o delegado.

A Ficco faz parte do Plano de Enfrentamento à Criminalidade Violenta do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Foi criada para desarticular organizações criminosas. "É uma ação coordenada de combate a crimes violentos. No nosso Estado existe um presídio federal, já é um deferencial. Os presos trazidos para cá são integrantes de organizações, exercem liderança, temos que ficar atentos a penitenciárias", diz o delegado.

Ele lembra que integrantes de facções presos ainda conseguem interferir em ações do lado de fora das grades. Cita a preocupação constante com a região próxima à Bolívia e ao Paraguai. "A fronteira é grande, difícil combater esta entrada de armas e drogas de forma aérea, terrestre ou fluvial", detalha.

"Queremos ter uma atuação específica relacionada à lavagem de dinheiro das organizações e combater o tráfico local. O objetivo é prender líderes e descapitalizar as organizações para não voltarem a financiar crimes", explica o chefe da equipe.

A Força Integrada ainda pretende atuar com informações do setor de inteligência em casos de ameaças, como as feitas nas últimas semanas aos policiais penais em todo o país. "Recentemente também houve a descoberta de um plano para tentar tirar a vida de um senador da República. Foi uma ação integrada que antecipou o possível ataque", lembra o delegado.

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