Secretário alerta para índice de multivacinação abaixo do ideal
Vacinação referente a todos os tipos de imunização está em 60% e há "falsa sensação de que a covid acabou"
O índice de vacinação referente a todos os tipos de imunização está em 60% em Mato Grosso do Sul. O percentual se refere a vacinas de todo tipo em crianças e adultos. No entanto, o recomendado pelo Ministério da Saúde é 90%, conforme o secretário de Estado de Saúde, Flávio Brito. Os dados preocupam porque é alta a incidência de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave).
O secretário disse que “existe uma falsa sensação de que a covid acabou, mas a doença continua matando muita gente no país”. Apesar de ponderar que os casos atuais de covid são mais leves, Brito destacou que o alto índice de síndromes respiratórias pode ser uma consequência do isolamento em função da covid. As crianças ficaram muito tempo em casa e nessa volta às aulas têm mais contato entre si, o que aumenta os casos por transmissão.
No intuito de alertar a população sobre a necessidade da vacinação em dia, o secretário destacou ainda outras consequências da pandemia que fizeram faltar leitos às crianças.
“Por isso, a importância dos pais levarem crianças para completar o ciclo vacinal de todos os tipos de vacina e se vacinarem também. Além disso, por estarem em confinamento, muitas mães gestantes não fizeram pré-natal como deveria ser porque ficaram em casa. Por isso, algumas situações levaram a déficit de leitos neonatais, mas isso já foi superado”, disse.
Flávio destacou que segundo último boletim, morreram 15 pessoas de covid em MS. “E a gente vê um número crescente de casos. O Estado está vigilante e os 100 leitos que foram abertos para covid continuam abertos. Os relatórios apontam que esses acometidos não completaram seus ciclos vacinais”, comentou.
Quanto ao uso de máscaras, o secretário disse que “é uma questão de consciência”. “Hoje, já sabemos quando estamos ou não mais frágeis e devemos usar a máscara. Em voo doméstico, por exemplo, ainda é obrigatório, mas de modo geral depende de cada um”, pontuou.
O secretário falou sobre o assunto em entrevista, hoje (24), durante evento que discutiu combate à doenças zika, dengue e chikungunya, na Governadoria.