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Cidades

Mesmo racionada por ministério, vacina BCG não vai faltar em MS

A única fábrica nacional que produz a BCG está interditada desde 2016

Lucia Morel | 23/05/2022 15:58
Frasco do imunizante BCG, que combate a tuberculose. (Foto: Arquivo)
Frasco do imunizante BCG, que combate a tuberculose. (Foto: Arquivo)

Mesmo com o anúncio do Ministério da Saúde aos estados para racionarem o uso da vacina BCG, que previne da tuberculose, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) informou que não há riscos de desabastecimento do imunizante em MS.

No final de abril, o órgão ministerial encaminhou às unidades federativas circular informando que a disponibilidade da vacina estava limitada no estoque nacional devido dificuldades na aquisição. A queda seria de 1,2 milhão de doses por mês (média de janeiro a março de 2022) para 500 mil doses mensais pelos próximos sete meses.

“A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul informa que foi comunicada pelo Ministério da Saúde quanto a limitação de envio da vacina BCG para os estados. A SES/MS ressalta que não há risco de desabastecimento da vacina para Mato Grosso do Sul”, destacou a secretaria em nota.

BCG – já há alguns anos que a disponibilidade da vacina BCG está com problemas. Em 2016 houve desabastecimento, assim como em 2019. Há seis anos

Desde 2016, a única fábrica nacional que produz a BCG e a Onco BCG (aplicada em pacientes com câncer), pertencente à FAP (Fundação Atalpho de Paiva), no Rio de Janeiro (RJ), passou por sucessivas interdições da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e desde então, o fornecimento passou a ficar intermitente.

A assessoria de imprensa da Anvisa informou que a fábrica, no bairro de São Cristóvão, segue interditada. Enquanto isso, uma nova fábrica da fundação em Duque de Caxias (RJ), em construção desde 1989, ainda não foi inaugurada.

Conforme a BBC Brasil, o país adquire a vacina, atualmente, do Fundo Rotatório da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), braço regional da OMS (Organização Mundial da Saúde). O Ministério da Saúde não respondeu por que haverá redução no quantitativo nos próximos sete meses e se houve algum problema com o fornecimento através do Fundo Rotatório.

Em nota, a pasta escreveu que “essa readequação se refere a toda tramitação do processo de aquisição, que envolve a compra propriamente, o desembaraço alfandegário e autorização pela Anvisa para a entrada do produto no país, o qual, posteriormente, é enviado para análise do controle de qualidade do INCQS antes de ser distribuído para as salas de vacina”.

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