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Capital

Projeto quer erguer bairro do zero com conjunto habitacional de quase 500 casas

As 489 casas devem ocupar "vazio urbano" na região do Imbirussu; audiência sobre impactos está marcada

Por Lucas Mamédio | 14/04/2025 16:32
Projeto quer erguer bairro do zero com conjunto habitacional de quase 500 casas
Acima o o projeto do conjunto e abaixo o terreno que irá recebê-lo (Foto: Reprodução)

Está em fase de avançada de discussão o conjunto habitacional com 489 casas que promete ocupar um grande "vazio urbano" na região do Imbirussu. O empreendimento, proposto pela Lumina Imob deve praticamente criar um novo bairro em Campo Grande. Os detalhes do projeto estão no Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) apresentado ao município, que inclusive tem audiência pública marcada para próximo dia 29 de maio.

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A Prefeitura de Campo Grande está em fase avançada de discussão para a construção de um conjunto habitacional com 489 casas na região do Imbirussu, proposto pela Lumina Imob. O projeto, chamado Ecoville Lumina Club, ocupará um terreno de 146 mil metros quadrados e visa abrigar mais de 1,6 mil pessoas até 2028. As casas serão voltadas para famílias de baixa renda, com padrão de construção uniforme. O empreendimento promete adensamento rápido, geração de empregos e estímulo ao comércio local, mas também pode pressionar a infraestrutura pública, como creches e escolas. Uma audiência pública está marcada para 29 de maio para discutir o impacto do projeto.

O terreno tem 146 mil metros quadrados e será ocupado por moradias padronizadas voltadas à população de baixa renda. Ele é projetado para abrigar mais de 1,6 mil pessoas e será implantado em módulos até 2028. A proposta prevê adensamento rápido, geração de empregos e estímulo ao comércio local — reconfigurando o traçado urbano departe da cidade.

Projeto quer erguer bairro do zero com conjunto habitacional de quase 500 casas
Planta inicial das unidades habitacionais na região do Imbirussu (Foto: Reprodução)

Terreno vazio e estrutura mínima - A área do empreendimento fica no extremo do Bairro Popular, na esquina da Rua Cézar Augusto Francisco Telles com a Rua Serra dos Passos. O entorno ainda está em processo de consolidação, com pavimentação recente e poucas edificações ao redor. No local, existem hoje apenas uma guarita e a estrutura de uma antiga sede social, que serão demolidas para dar lugar às novas moradias.

O projeto habitacional, batizado de Ecoville Lumina Club, é composto por casas térreas com dois quartos, sala, cozinha, banheiro e lavanderia. Cada unidade terá 122,56 metros quadrados de área construída e uma vaga de estacionamento. Todas seguem o mesmo padrão de planta, voltado à classe D — famílias com renda de até R$ 2.900 por mês.

Projeto quer erguer bairro do zero com conjunto habitacional de quase 500 casas
Tabela com cronograma da execução dos módulos até 2028 (Foto: Reprodução)

Adensamento e emprego - O EIV, protocolado em dezembro de 2024, estima que o novo conjunto vai gerar um aumento considerável na densidade demográfica da região. Só o Bairro Popular concentra quase 19 mil moradores, segundo o Censo de 2010, com média de 37 habitantes por hectare. O novo conjunto deve acrescentar mais 1.653 moradores a essa conta, ocupando terreno de 14,6 hectares.

O projeto também defende que irá ajudar a criar pelo menos 153 postos de trabalho permanentes, sendo 9 diretos (como segurança, portaria e manutenção) e 144 indiretos (principalmente diaristas e serviços domésticos).

Projeto quer erguer bairro do zero com conjunto habitacional de quase 500 casas
Rua Cézar Augusto Francisco Telles será a principal do novo empreendimento (Foto: Reprodução)

Desigualdade e impacto nos serviços - O EIV mapeou os bairros da chamada área de influência indireta do projeto: Popular, Nova Campo Grande, Panamá, Santo Antônio e Núcleo Industrial. Neles, a renda mensal das famílias varia bastante — vai de R$ 1.230 no Núcleo Industrial até R$ 2.982 no Santo Antônio. No próprio Bairro Popular, a média é de R$ 1.424.

A infraestrutura da região é considerada básica, com água, esgoto e ruas asfaltadas, mas o estudo reconhece que a chegada de quase 500 novas famílias pode pressionar a rede pública. Um dos alertas é para a demanda por creches e escolas, já saturada nos bairros vizinhos. O documento propõe medidas compensatórias que serão discutidas com o município.

O EIV trouxe imagens por satélite mostrando que a área passou por urbanização gradual desde 2004, com crescimento de moradias e pavimentação das vias.

Audiência - A audiência pública para discutir o impacto do empreendimento será realizada no dia 29 de maio, na sede da Planurb. A previsão da Prefeitura é aprovar a proposta ainda este ano, com início das obras em etapas conforme a velocidade de venda das unidades.

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