Secretário pede mais restrições e que gestores esqueçam calendário eleitoral
Geraldo Resende disse que é preciso "quebrar" a taxa de transmissão do vírus no Estado

O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, voltou a pedir aos gestores medidas mais restritivas nas cidades que estão aumentando os casos de covid-19, para que possa interromper a “alta taxa de transmissão” do vírus. Para isto ressaltou que os prefeitos não devem se preocupar com “calendário eleitoral” e sim em preservar vidas.
“Nas cidades com aumento de casos precisamos de medidas mais restritivas, com mais dureza, que tenha como objetivo principal preservar a vida das pessoas, sem se preocupar com calendário eleitoral. Se não tiver esta redução da taxa de transmissão, chegaremos a um momento crítico”, descreveu ele, durante a live deste domingo (16).
Geraldo ponderou que no Estado tem 351 leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) no momento, mas que não haverá grande aumento (leitos) daqui para frente. “Não nos resta mais recursos humanos, precisamos agora combater a causa, pois na questão de estrutura já estamos no limite”.
No boletim de hoje (16), o secretário anunciou que 56% dos leitos de UTI estão ocupados no Estado, sendo que na macrorregião de Campo Grande está em 86% (ocupação), Corumbá (74%), Dourados 69% e Três Lagoas, 46%. “Se não tiver esta redução das transmissões, em breve ficaremos sem leitos, os próximos 15 dias são fundamentais”.
Ele destacou que a preocupação no momento é com a Capital, Corumbá e reservas indígenas. “Infelizmente com a população indígena o índice de mortes é três a quatro vezes maior do que o restante”. No momento existem 549 pessoas internadas por covid-19 no Estado, sendo 301 em leitos clínicos e 248 na UTI.