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Cidades

Só fiscalização faz pais deixarem de formar fila dupla na frente das escolas

Agetran realizou ações pontuais nesta quinta-feira, no Colégio Marista Alexander Fleming

Natália Olliver e Izabela Cavalcanti | 23/03/2023 13:18
Agentes fiscalizaram Colégio Marista Alexander Fleming na manhã desta quinta-feira (Foto: Marcos Maluf)
Agentes fiscalizaram Colégio Marista Alexander Fleming na manhã desta quinta-feira (Foto: Marcos Maluf)

O cenário caótico de filas duplas, presenciado diariamente por pais e motoristas que passam em frente às escolas de Campo Grande, foi diferente na manhã desta quinta-feira (23). Isso porque só a fiscalização da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) fez os pais do Colégio Marista Alexander Fleming deixarem de formar a fila irregular.

Já ao chegar no local a reportagem flagrou um carro estacionado na faixa de pedestres, ato permitido apenas para embarque e desembarque rápido de passageiros. O veículo ficou mais de 5 minutos parado. Conforme já publicado pelo Campo Grande News, estacionar em faixa amarela também tem feito parte do combo de infrações praticadas pelos pais que precisam deixar ou pegar os filhos na escola.

Priscila Ferrari, de 30 anos, comemorou a presença dos agentes de trânsito. Ela ressaltou que as pessoas não respeitam as normas, o que exige a fiscalização para que o ambiente fique mais organizado.

“Eu passo em frente a escola que tem fila dupla e acho um saco. Aqui eu sempre procuro vaga para poder estacionar, é difícil vir sozinha, normalmente venho acompanhada da babá. É bem movimentado no dia a dia”.

Apesar das filas duplas, Flávia Gonzalez, 42 anos, disse que o trânsito no local é tranquilo. “Considero o fluxo normal para a saída da escola”, disse. Letícia, que não quis revelar o sobrenome, disse que a entrada da escola é sempre bastante bagunçada, mas que quando tem a fiscalização melhora. “Fica mais organizado. Infelizmente, quando não tem gente cuidando, não podemos contar com a educação de todos. Não sou adepta à fila dupla, sempre busco uma vaga para poder estacionar”.

Priscila Ferrari diz não compactuar com filas duplas e que situação sem a presença dos agentes é caótica (Foto: Marcos Maluf)
Priscila Ferrari diz não compactuar com filas duplas e que situação sem a presença dos agentes é caótica (Foto: Marcos Maluf)

Ivanise Rotta, gerente de educação de trânsito na Agetran, explicou que os infratores, muitas vezes, não se importam com o que a parada irregular vai causar ao trânsito. “É o famoso rapidinho, não se importando com o exemplo que ele está dando para a criança, mas há uma sociedade toda observando esse comportamento que não é adequado, ele está descumprindo uma regra”, disse.

Ela destacou que o problema não é exclusivo de Campo Grande e que a questão tem sido um grande desafio. “Não é só fluidez e segurança. O principal nem é o trânsito lento, o principal é a falta de segurança. Pode ocasionar um acidente não só na porta da escola. Quem está atrás esperando vai querer tirar de tempo ali, às vezes acelerando, às vezes mexendo no celular, às vezes passando no sinal vermelho”.

As filas duplas acabam criando uma cadeia de situações de infrações. A multa para quem estaciona em fila dupla é de R$ 195,23 e o motorista é punido com cinco pontos na carteira.

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