Presidente do STF classifica morte de jornalista de "atentado contra liberdade"
“Acredito que as forças de segurança irão atuar para apurar esse crime horrível”, disse presidente do STF
Em passagem por Campo Grande, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Dias Toffoli, disse que a execução do jornalista brasiguaio Leo Veras, 52 anos, é “atentado contra a liberdade de expressão”.
Durante entrega da reforma da Escola Estadual Lino Villachá, no bairro Nova Lima, Toffoli disse que o STF tem o histórico de defesa em relação à garantia da liberdade de imprensa e de expressão. “Acredito que as forças de segurança irão atuar para apurar esse crime horrível”.
Leo Veras, dono do site Porã News, foi executado com 12 tiros na noite de quarta-feira (12) em casa, em Pedro Juan Caballero.
O presidente do STF acrescentou ainda que conversou com o governador sul-mato-grossense, Reinaldo Azambuja sobre a necessidade de aumento das forças federais na região de fronteira com Paraguai e Bolívia, que tem cerca de 17 mil quilômetros, sendo 7 mil de área seca.
Toffoli explicou que, ao Judiciário, cabe pedir a celeridade e efetividade nos julgamentos dolosos contra a vida, de competência do Tribunal do Júri. Anteprojeto sobre o assunto foi elaborado em dezembro de 2019 e será apresentado este ano.
O governador Reinaldo Azambuja também voltou a reforçar como é importante aumentar efetivo de forças federais na região de fronteira. “Neste momento, temos que juntar esforços, não se pode deixar apenas a polícia estadual fazer as atuações na fronteira, mas acredito que haverá olhar especial do governo federal em relação a esses pedidos”.