Após morte de jornalista, deputados cobram visita de Moro à Fronteira
A execução do jornalista brasileiro Lourenço Veras, o Leo Veras, também repercutiu na manhã desta quinta-feira na Assembleia Legislativa. Os deputados voltaram a cobrar investimentos na região de Fronteira e cobram uma "visita" do ministro da Justiça, Sérgio Moro.
"O ministro precisa conhecer os dados sobre crimes, sobre pistolagem e também ouvir como o crime organizado age nessa região. Só assim o governo federal vai se sensibilizar", argumenta o deputado Márcio Fernandes (MDB).
Lídio Lopes (Patriota) lembrou que depois do assassinato do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, morto a tiros de metralhadora calibre 50, em junho de 2016, a situação piorou muito na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. "Cresceu a atuação de facções criminosas e não existe controle de entrada de drogas e armas. Teve até caminhão baú que passou por várias cidades do Estado, entrou no Paraguai e não foi parado". Na avaliação dele, é preciso "aumentar não só o efetivo do DOF, mas da Polícia Federal na região".
Para o deputado Evander Vendramini (PP), é hora do governo federal entender que a segurança nacional está em jogo. "Não só Mato Grosso do Sul sofre, mas o restante do País é penalizado com entrada de drogas e armas ilegais", justifica.
Durante o debate sobre a morte de Léo Veras, Renato Câmara (MDB) e Carlos Alberto David (PSL) lembraram do (Sisfron Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), que nunca foi 100% ativado. "Era para ser um sistema de integração das polícias com o Exército, o que nunca atuou por falta de recursos", reclamou Câmara.
"É uma arma tecnologia que iria impedir a entrada de criminosos", reforçou David que lembrou já ter entregue ao presidente Jair Bolsonaro o esboço de plano de segurança para a Fronteira. Ele também cobrou a presença de Sérgio Moro. "A senadora Simone Tebet já fez um convite a ele, seria uma oportunidade."