Após pressão dos índios, chefe da Sesai pede exoneração de cargo
O chefe da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), Nelson Olazar, anunciou na tarde desta terça-feira (15), que vai pedir exoneração do cargo que ocupa. A decisão foi tomada após um grupo de indígenas ocupar a sede do órgão público e o caso ir parar no Ministério Público Federal.
Sobre a decisão, Olazar alega que não suportou a pressão que foi feita e diz ainda que foi vítima de acusações difamatórias. “Me acusaram de incompetência e fizeram insinuações perguntando onde está o dinheiro as Sesai, são incriminações sem foco, sem fundamentos, mas que desgastam”, reclama Olazar.
Diante das acusações, ele nega que durante a gestão tenha sido desonesto. “Não admito que duvidem do meu caráter, é muito difícil fazer tudo certo e ainda ter gente falando mal, sou um pai de família, um cidadão de 50 anos, sempre levei minha vida pública com seriedade, tenho um nome a zelar”, ressaltou o chefe da Sesai.
Olazar afirma que o secretário adjunto da Sesai embarca na noite de hoje para Brasília, para levar o pedido de exoneração dele ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “Não sei a data certa que irá sair a minha exoneração, porque depende dos trâmites nacionais, mas estou no aguardo, espero que saia o quanto antes”, afirma.
Na manhã dês hoje, lideranças indígenas lotam o auditório do MPF (Ministério Público Federal), em Campo Grande, para discutir a saúde indígena em Mato Grosso do Sul. A reunião foi realizada após índios ocuparam a sede da Sesai durante 21 dias e terminou na semana passada.
Durante a ocupação, os índios disseram que os diálogos só irão iniciar depois que o chefe da Sesai, Nelson Olazar, fosse demitido.