Caminhoneiros podem parar novamente caso governo não atenda reivindicações
Nesta manhã (12), o Setlog/MS (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul) participou de Audiência Pública no Senado Federal com o objetivo de expor as dificuldades enfrentadas pelo setor e ajudar a traçar estratégias para melhorar as condições de trabalho dos caminhoneiros.
Na reunião estavam cerca de 12 senadores, entre eles Waldemir Moka (PMDB-MS), Blairo Maggi (PR-MT) e Ronaldo Caiado (DEM-GO), membros da Comissão de Agricultura do Senado que convidaram os representantes da classe para apresentar suas reivindicações.
Segundo o presidente do Setlog/MS, Claudio Cavol, a reunião foi proveitosa, e contou com cerca de 40 representantes do setor de todo o Brasil que puderam expor as reivindicações. Cavol disse ainda que uma reunião está marcada com o Governo Federal para o próximo dia 26, onde uma nova paralisação pode ocorrer, caso a presidente Dilma Roussef (PT) não acate as propostas estabelecidas pelos caminhoneiros.
"Esse movimento é espelhado por todo o Brasil, não temos uma única liderança, são vários líderes, então há possibilidades sim, de que possa haver uma nova paralisação em todo o Brasil, pois a maioria dos representantes do setor de transporte ameaçam parar caso nada seja resolvido no dia 26", disse.
Entre as reivindicações mais importantes que foram expostas hoje, e que devem ser analisadas pela Presidente Dilma Rousseff, estão a unificação de 12% valor cobrado pelo ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para todos os Estados, redução da carga tributária sobre a folha de pagamento e do diesel e a prorrogação do vencimento de prestações de financiamento para a compra de caminhões sem o acréscimo de juros.
Em Mato Grosso do Sul , o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), já sinalizou a intenção de conversar com revendedoras para que a redução de ICMS do diesel possa chegar ao consumidor final e desta forma fazer com que toda a cadeia seja beneficiada, desde o transportador, assim como a arrecadação do governo, que deve crescer com o aumento da compra.