Capital já registrou 4 vazamentos de amônia neste ano
Pelo menos quatro vazamentos do gás amônia já foram registrados neste ano em Campo Grande. Os casos aconteceram em diferentes empresas, o último foi nesta segunda-feira na Femsa, fábrica da Coca-Cola e outras bebidas.
A amônia é usada para refrigeração e se inalada em grande quantidade pode levar a morte. Por isso, quando há qualquer vazamento é necessário isolar o local até que o gás se dissipe totalmente e não ofereça mais risco.
O vazamento é facilmente detectado devido ao forte odor. A inalação pode causar dificuldades respiratórias, broncoespasmo, queimadura da mucosa nasal, faringe e laringe, dor no peito e edema pulmonar.
A ingestão causa náusea, vômitos e inchação nos lábios, boca e laringe. A amônia produz, em contato com a pele, dor, eritema e vesiculação.
O contato com os olhos em baixas concentrações resulta em irritação ocular e lacrimejamento. Em concentrações mais altas, pode haver conjuntivite, erosão na córnea e cegueira temporária ou permanente.Friboi - Em caso de inalação é necessário atendimento médico, como aconteceu com 10 funcionários do frigorífico Friboi em abril deste ano. Eles trabalhavam próximo ao local onde houve vazamento e precisaram ser levados para o Hospital Regional.
Nesse caso, o acidente ambiental aconteceu devido a uma oscilação de energia e caso a válvula de escape não funcionasse expelindo uma pequena quantidade de amônia, a situação seria mais grave. Pois poderia ter havido um vazamento ainda maior.
As empresas que utilizam a amônia precisam ter uma série de dispositivos de segurança para evitar intoxicações em casos de acidente e ainda tomar diversas providências para que eles não aconteçam.
Bertin - Além do Friboi e Femsa, houve vazamentos ainda no Bertin e um pequeno na fábrica de gelo Torino, que já havia registrado um acidente ano passado. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o único do ano passado.
O Corpo de Bombeiros possui uma equipe treinada para atendimento a este tipo de ocorrência.
