"Crueldade o que fizeram", diz mãe de ladrão violentado com mandioca
“Foi crueldade o que fizeram com meu filho. Violentaram e bateram nele”, lamenta a doméstica de 60 anos, mãe do rapaz de 33 anos que foi violentado com uma mandioca ao ser flagrado furtando. O fato aconteceu por volta das 22h de terça-feira (9), em uma chácara, na Rua dos Rezendes, no Jardim Monte Alegre, região sul de Campo Grande.
O homem foi levado à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon, mas em seguida foi encaminhado à Santa Casa devido a gravidade da lesão. Segundo a assessoria de imprensa da unidade, o paciente deu entrada às 23h55 de terça-feira no pronto socorro.
Ele passou por tomografia no abdômen e continua sendo avaliado por uma equipe médica. A vítima está consciente, orientada e não corre risco de morte.
Testemunhas relataram à reportagem que há dois meses vêm ocorrendo uma onda de pequenos furtos no entorno. Os moradores já estavam atrás do ladrão e ontem pegaram o rapaz furtando mandioca”, contam. Ninguém quis se identificar com medo de represálias.
A mãe da vítima confirma o furto, no entanto, lamenta tamanha crueldade com um ser humano. “Ele tem passagens pela polícia, mas já pagou tudo o que devia. Os agressores, foram pelo menos cinco homens. Ele ficou muito machucado e teve que tomar vacina antitetânica”, reclama a mulher, que se diz chocada com a situação.
Uma prima do rapaz, que também mora na redondeza, diz que escutou os gritos e foi buscar socorro, mas quando chegou já era tarde.
Caso - O idoso de 80 anos, um dos responsáveis pela chácara, relatou à polícia que o autor era acostumando a furtar mandiocas da plantação, contudo, ontem à noite ele acabou flagrado enquanto praticava o crime.
O suspeito foi detido pela população. Ele já havia colocado em uma sacola cerca de 5 quilos de mandioca. Ao ser questionado pela Polícia Militar, o autor confirmou o furto e contou que tinha sido ferido por um grupo. No momento em que era agredido teve uma mandioca introduzida no seu ânus.
No local, a equipe policial não conseguiu prender nenhum suspeito de ter cometido a violência, pois a vítima não soube identificar os agressores. O homem dizia apenas que sentia dores e os autores eram funcionários da chácara.
Os proprietários da plantação foram à delegacia registar a ocorrência. Eles disseram que quando chegaram ao local, o suspeito já havia sido agredido por um grupo desconhecido. O Campo Grande News tentou falar com os donos da área, mas ninguém foi encontrado.
Segundo o delegado Giulliano Carvalho Biacio, plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga, a vítima será ouvida assim que receber alta. O homem deve passar por exame de corpo de delito.