"Lança-chamas" danificou bomba, mas poderia ter explodido posto
O gerente do posto de combustíveis onde homem usou bomba de gasolina para tentar atear fogo em policiais, na noite de quinta-feira (21), ainda contabiliza os prejuízos causados pela confusão. Mesmo assim, diz que se sente aliviado pelo dano não ter sido maior.
Segundo Ednaldo Felix, 43 anos, gerente do Auto Posto JJ, com as chamas causadas por Renato de Almeida Campos, 33 anos, uma das bombas do posto foi danificada, mas a junção de fogo com combustível poderia ter causado uma enorme explosão. “Poderia ter explodido tudo aqui”, disse.
O gerente contou que estava em casa, quando um funcionário ligou contando sobre a confusão. Renato pegou a mangueira de uma das bombas de combustível e acionou o gatilho, colocando fogo e usando como um lança chamas contra uma equipe policial e frentistas. Câmeras de segurança do posto flagraram toda a ação.
Furioso - Conforme informações do boletim de ocorrência, a polícia foi chamada para conter um homem que estava ameaçando as pessoas com um isqueiro e uma faca nas mãos, na avenida Calógeras com a rua Coronel Quito, região central.
No local, a polícia deu ordem de parada ao autor, que resistiu a abordagem e saiu correndo em direção a um posto de combustível próximo dali. O corpo de Bombeiros foi chamado, mas quem controlou o fogo no momento do desespero foi o frentista de outro posto.
Renato conseguiu correr, novamente em direção a um posto de combustíveis, localizado na avenida Calógeras com a avenida Fernando Correa da Costa. O posto estava fechado, mas o autor derrubou as grades de proteção e tentou pegar a mangueira de combustível das bombas para atear fogo de novo, momento em que foi contido pelos policiais.
Segundo o registro policial, foi preciso usar algemas para conter Renato, que estava muito alterado, aparentemente drogado. Ele ficou ferido, porque começou a debater no chão e contra as grandes do posto. O autor foi encaminhado a UPA (Unidade e Pronto Atendimento) do bairro Coronel Antonino, e em seguida, ao hospital Universitário, onde ficou sob escolta militar.
Um frentista disse que antes do surto, Renato havia ido até a conveniência do posto e comprado uma carteira de cigarros e uma lata de cerveja. Ele vai responder por tentativa de homicídio contra três pessoas.